terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Lição 5 - A Travessia do Mar Vermelho

2 de Fevereiro de 2014

A Travessia do Mar Vermelho

TEXTO ÁUREO
"O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus [...]" 
(Êx 15.2).

VERDADE PRÁTICA
Deus tirou o seu povo do Egito e o conduziu com zelo, proteção e provisão pelo deserto até a Terra Prometida.

HINOS SUGERIDOS 
178, 185, 189

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 13.17 Rumo à liberdade
Terça - Êx 13.19 Uma promessa é cumprida
Quarta - Êx 13.21 Deus protege o seu povo
Quinta - Êx 14.11 A murmuração do povo de Deus
Sexta - Êx 14.13,14 "Vede o livramento do Senhor"
Sábado - Êx 15.1 A celebração do povo de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 14.15,19-26
15 Então, disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
19 E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles.
20 E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro.
21 Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o SENHOR fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
22 E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda.
23 E os egípcios seguiram-nos, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.
24 E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o SENHOR, na coluna de fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios,
25 e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente. Então, disseram os egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios.
26 E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.

INTERAÇÃO
O povo hebreu teve de esperar 430 anos até que finalmente foi liberto da escravidão pelo Todo-Poderoso. Deus não se esqueceu das promessas que havia feito a Abraão. O Senhor jamais se esquece das suas promessas e seus planos não serão frustrados. Talvez você esteja esperando o agir de Deus em seu favor já há muitos anos. Não perca as esperanças. Sua hora chegará, assim como chegou o momento dos israelitas.
Na lição de hoje veremos que o Senhor não somente libertou o seu povo do cativeiro, mas os conduziu com cuidado e zelo pelo deserto. Deus é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada ao céu. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar o significado da saída dos hebreus do Egito e a travessia do mar.
* Conscientizar-se de que somente Deus merece o nosso louvor e adoração.
* Compreender a proteção e o cuidado de Deus para com o seu povo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para introduzir o tópico II da lição.
Antes de apresentar o quadro faça a seguinte indagação: "O que podemos oferecer a Deus por todos os seus benefícios?" Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que Moisés e alguns servos do Senhor ofereceram a Deus a sua adoração. Depois, apresente o quadro e leia as referências juntamente com os alunos. Conclua enfatizando que devemos oferecer a Deus o nosso louvor e gratidão.

ALGUNS CÂNTICOS NA BÍBLIA 
LIVRO
PROPÓSITO

Êxodo 15.1-21
Cântico de Moisés após Deus ter tirado Israel do Egito e repartido as águas do mar Vermelho.

Números 21.17
Cântico de Israel em louvor a Deus por terem recebido água no deserto.

Deuteronômio 32.1-43
Cântico de Moisés sobre a história de Israel com ações de graças e louvor enquanto os hebreus estavam prestes a entrar na Terra Prometida.

Apocalipse 15.3,4
Cântico de todos os remidos em louvor ao Cordeiro que os remiu.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos como se deu a saída dos hebreus do Egito. Você pode imaginar a alegria do povo hebreu? Deus tem o tempo certo de agir. O povo teve que esperar 430 anos até o dia da tão esperada liberdade. O dia chegou e quem traçou a rota de saída foi o próprio Senhor. O caminho escolhido foi o mais longo, pois Deus conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira dificuldade logo desejariam retornar. Nesta lição veremos que Deus retirou Israel do Egito e cuidou do seu povo todos os dias durante a longa travessia pelo deserto até a entrada na tão sonhada Terra Prometida.

I.  A TRAVESSIA DO MAR
1. A saída do Egito (Êx 12.11,37): Deus retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de tudo que presenciaram, tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que estavam diante de um milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era hora da partida. O povo já estava preparado para ir embora, todos vestidos e com seus cajados nas mãos. Você está preparando para a viagem à Casa do Pai? Todos terão um dia que fazer esta passagem. Segundo o texto bíblico de Êxodo 12.37, deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres. Os israelitas não saíram do Egito de mãos vazias. Deus os abençoou de tal maneira que eles despojaram os egípcios (Êx 12.36). Era uma pequena retribuição por todos os anos de trabalho escravo a que foram submetidos.
A rota escolhida pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre Deus escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O objetivo de tal escolha era também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo caminho dos filisteus, evitando confronto com eles (Êx 13.17). Os hebreus não estavam preparados para lutar, pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também sabia que diante de qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito.
2. A perseguição de Faraó (Êx 14.5-9). O povo estava acampado próximo do mar Vermelho quando o coração de Faraó foi mais uma vez endurecido contra os hebreus (Êx 14.5). Então, Faraó tomou todo o seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. Aqueles que servem ao Senhor com integridade são alvos de muitas perseguições, mas temos um Deus que nos livra de todas as aflições e perseguições (Sl 34.19). O povo de Israel ficou apavorado quando viu o exército de Faraó vindo em sua direção. Diante deles estava o mar e atrás um grande exército inimigo. Há momentos em que o Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre sai em defesa do seu povo, por isso, não tenha medo. Confie firmemente no Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1). Diante da perseguição de Faraó os israelitas mais uma vez clamam ao Senhor (Êx 14.10). Deus ouve a oração do seu povo, Ele também responde a súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja o agir do Todo-Poderoso em sua vida.
3. A ruína de Faraó e seu exército (Êx 14.26-31). "Dize aos filhos de Israel que marchem" (Êx 14.15). Esta foi a resposta do Senhor para o seu povo que estava sendo perseguido pelo exército egípcio. Eles marcharam e Deus enviou durante toda aquela noite um vento e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para os israelitas passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu exército.
O povo de Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer o mesmo, o Senhor os destruiu (Êx 14.27,28). Para que o povo não duvidasse, Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Deus retirou com mão forte os israelitas do Egito e os guiou rumo a Terra Prometida.

II. - O CÂNTICO DE MOISÉS
1. Moisés celebra a Deus pela vitória (Êx 15.1-19). Diante de tão grande livramento, Moisés eleva um cântico ao Senhor em adoração. O cântico de Moisés foi uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Louve a Deus por tudo que Ele é e por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao Senhor sacrifícios de gratidão (Lv 22.29). Podemos oferecer-lhe nosso louvor e a nossa adoração: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2).
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o Anticristo nos últimos dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o 'cântico de Moisés' (Ap 15.3).
2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo 15.20, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2), ela também tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "a profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia" (1 Sm 10.5; 1 Cr 25.1). Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24).
3. Celebrando a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1), mas também na sua congregação, como um só corpo.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Moisés celebrou a Deus pela vitória com um cântico de louvor.

III. A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. Uma coluna de nuvem guiava o povo de Deus (Êx 13.21,22; 40.36,37). O Senhor não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta coluna, segundo Charles F. Pfeifer, "era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu povo".
2. Deus cuida do seu povo (Êx 16.4; Dt 29.5). O Senhor não mudou, Ele cuidou do seu povo na travessia pelo deserto e também cuida de nós em todo o tempo (Hb 13.5). Confie no Senhor e não murmure como fez o povo no deserto, pois o Pai cuida de nossa provisão. Em o Novo Testamento, Paulo faz uma séria recomendação, a fim de que não venhamos nunca a seguir o exemplo de Israel: "E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10.10). Murmurar é falar mal de alguém ou algo. A murmuração é um grave pecado contra Deus (Fp 2.14).
SINOPSE DO TÓPICO (3) Deus guiou e protegeu seu povo durante a caminhada pelo deserto. Ele utilizou uma coluna de nuvem para conduzir os israelitas.

CONCLUSÃO
Deus livrou seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto. O Senhor é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada aos céus. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial e confie no seu cuidado e na sua proteção. Estude com afinco a história do povo de Deus, pois ela vai ajudá-lo a não cair nos mesmos pecados dos israelitas.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"A morte dos egípcios (14.26-31)
Deus inverteu a ação das águas e as águas voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma reversão do vento. O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus tornou-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande obra, temeu o povo do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara e implantou um verdadeiro temor de Deus - um temor que conduziu a uma fé viva" (Comentário Bíblico Beacon. vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, pp.172-73).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Geográfico
"Mar Vermelho"
Embora não pertença à Terra Santa, encontra-se o Mar Vermelho estritamente ligado à história do povo israelita. Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como 'Yam Suph', que significa Mar de Juncos.
No Mar Vermelho encontra-se, em grande quantidade, a alga conhecida como trichodesmium erythaeum que, ao morrer, assume uma totalidade marrom-avermelhada, justificando assim o nome do mar.
O Mar Vermelho separa os terrítórios egípcios e saudita. Na parte setentrional, divide-se em dois braços pela Penísula do Sinai. O braço ocidental é conhecido como Golfo de Suez. O oriental, Golfo de Akaba.
Com quase dois mil quilômetros de comprimento, entre o estreito de Bab al-Mandeb e o Suez, no Egito, e cerca de 300 quilômetros de largura, somando uma área de 450.000 km, o Mar Vermelho banha o Sudão, o Egito, e a Eritreia, a oeste; e a Arábia Saudita e o Iêmem, a leste. Uma pequena faixa do Golfo de Aqaba banha Israel e a Jordânia.
No Mar Vermelho, encontramos o estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do mar ao oceano Índico. Esta passagem, que faz o Mar Vermelho uma rota entre a Europa e a Ásia, é mantida aberta por meio de explosões e dragagens.

O Êxodo do Povo de Israel
Israel deixou o Egito no século XV a.C. Israelitas e egípcios voltariam a se enfrentar no tempo dos reis no chamado período interbíblico. Depois da formação do Estado de Israel, em 1948, houve pelo menos quatro guerras entre Israel e Egito: a Guerra da Independência, em 1948; a Guerra do Sinai, em 1956; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; e a Guerra do Yom Kippur em 1973.
Em 1979, ambos os países assinaram um acordo de paz, em Camp David, nos Estados Unidos, possibilitando o término do estado de guerra e o estabelecimento de relações diplomáticas entre Cairo e Jerusalém.
A Bíblia garante que será de paz o futuro de ambas as nações (Is 19.23-25)" (ANDRADE, Claudionor. Geografia Bíblica: A geografia da Terra Santa é uma das maneiras mais emocionantes de se entender a história sagrada. 25 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 35-150).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD: 1998.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.38.

EXERCÍCIOS
1. De acordo com o texto bíblico de Êxodo 12.37, quantos hebreus deixaram o Egito?
R. Deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres.

2. Qual foi a rota escolhida pelo Senhor para a saída do Egito? 
R.  A rota escolhida pelo Senhor foi a mais longa.

3. O que Moisés fez em gratidão ao Senhor pelo livramento?
R. Moisés louvou a Deus com um cântico.

4. O que Deus utilizou para guiar e proteger o seu povo durante a travessia pelo deserto?
R. Uma coluna de nuvem.

5. De acordo com a lição o que é murmurar?
R. Murmurar é falar mal de alguém ou algo.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Lição 4 - A Celebração da Primeira Páscoa


26 de Janeiro de 2014

A Celebração da Primeira Páscoa

TEXTO ÁUREO
"[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós"  (1 Co 5.7b). 

VERDADE PRÁTICA
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de Deus.

HINOS SUGERIDOS 244, 282, 289

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.5 Um cordeiro sem mácula deveria ser morto
Terça - Êx 12.7 Sangue foi aspergido nas portas
Quarta - Êx 12.29-33 Morte nas famílias egípcias
Quinta - Jo 1.29 O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
Sexta - 1 Jo 1.7 O sangue purificador do Cordeiro de Deus
Sábado - Hb 11.28 Pela fé, Moisés celebrou a Páscoa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 12.1-11
E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras
e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão.
Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.
10 E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo.
11 Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.

INTERAÇÃO
O amor ao dinheiro desperta o lado mais primitivo do ser humano. Por Na lição de hoje, estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja - a Páscoa. Deus queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.
* Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.
* Conscientizar-se de que Cristo é a nossa Páscoa.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: "O que significa a palavra Páscoa?" Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa "passar por". Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe (março/abril).
Utilizando o quadro abaixo, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.

A  PÁSCOA 

A PÁSCOA
Para os egípcios
SEU SIGNIFICADO
Significava o juízo divino sobre o Egito

A PÁSCOA
Para os israelitas
SEU SIGNIFICADO
A saída do Egito, a passagem para a liberdade.

A PÁSCOA
Para os cristãos
SEU SIGNIFICADO
É a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as "espigas verdes". Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós, cristãos.

I. A PÁSCOA 
1. Para os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: "Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias" (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: "À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá" (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.
2. Para Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua  própria terra e não seriam escravos de ninguém.
3. Para nós. Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1 Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

II. - OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão. Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como "o pão da vida" (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1 Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Os três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.

III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51). Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome" (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2 Co 5.19).  
2. O sangue de Cristo (1 Co 5.7; Rm 5.8,9). No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.
3. A Santa Ceia. A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: "Em memória de mim" (1 Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1 Co 11.27-32)
SINOPSE DO TÓPICO (3) A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda.

CONCLUSÃO
Deus queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"O propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: 'e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus' (Ef 3.9); [...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo' (1 Pe 1.20).
Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência (1 Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)" (COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p.42).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de Israel (v. 47); os escravos (v. 44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v. 48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v. 43), pagão e incrédulo; o viajante (v. 45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v. 45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da 'mistura de gente' (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram passadas logo após essa 'mistura de gente' deixar o Egito (12.37-39)" (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 191-92).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.38.

EXERCÍCIOS
1. O que significou a Páscoa para os egípcios?
R. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os falsos deuses cultuados ali.

2. Qual o significado da Páscoa para Israel?
R.  Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante

3. Qual o significado da Páscoa para os cristãos?
R. Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. 

4. Quais os elementos da primeira Páscoa?
R  Pães asmos, ervas amargas e cordeiro.

5. Por que Cristo é a nossa Páscoa? 
R. Porque Ele morreu em nosso lugar para nos redimir de nossos pecados. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Lição 3 - As Pragas Divinas e as Propostas Ardilosas de Faraó


19 de Janeiro de 2014

As Pragas Divinas e as 
Propostas Ardilosas de Faraó

TEXTO ÁUREO
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo"  (Ef 6.11).

VERDADE PRÁTICA
 Como salvos por Cristo, podemos pela fé vencer o Diabo em suas investidas contra nós.

HINOS SUGERIDOS
107, 212, 531

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 15.57 Deus que nos dá a vitória
Terça - 2 Co 2.14 Deus nos faz triunfar em Cristo
Quarta - 2 Co 11.14 Satanás engana pela imitação
Quinta - 1 Tm 4.1 Doutrinas falsas vêm de demônios
Sexta - Jo 8.44 A mentira procede do Diabo
Sábado - 1 Ts 2.18 Satanás combate a obra de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 3.19,20 
19 Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte.
20 Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir.
Êxodo 7.4,5; 
4 Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
5 Então, os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando estender a mão sobre o Egito e tirar os filhos de Israel do meio deles.
Êxodo 8.8,25 
8 E Faraó chamou a Moisés e a Arão e disse: Rogai ao SENHOR que tire as rãs de mim e do meu povo; depois, deixarei ir o povo, para que sacrifiquem ao SENHOR.
25 Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.
Êxodo 10.8,11,24
8 Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus. Quais são os que hão de ir?
11Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó.
24 Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.

INTERAÇÃO
Faraó era perverso e não tinha intenção alguma de libertar os hebreus.  Diante da recusa dele, Deus enviou várias pragas ao Egito (Êx 3.19,20). Qual era o propósito divino ao enviar as pragas? O objetivo era o julgamento contra o governo de Faraó e seu povo e um juízo contra o generalizado culto idólatra egípcio.
Para introduzir a lição, faça um resumo das terríveis pragas que arrasaram o Egito. Depois, explique que a partir da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passou a fazer uma série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e a seu auxiliar, Arão. Precisamos de discernimento a fim de não aceitar as ardilosas propostas de Satanás para nós, igreja do Senhor.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar as pragas deferidas e a primeira proposta de Faraó.
* Saber que assim como Faraó, Satanás não desiste facilmente.
* Discutir a proposta final de Faraó

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Em classe, juntamente com os alunos, complete a segunda coluna. Debata com a turma as propostas de Faraó e as suas consequências, caso Moisés as aceitasse. Conclua enfatizando que, como salvos por Cristo, podemos pela fé nEle sempre vencer o Diabo em suas investidas contra nós.

AS PROPOSTAS DE FARAÓ AO POVO DE DEUS

A PROPOSTA
"Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra"  (Êx 8.25).
AS CONSEQUÊNCIAS..............................................................................................................................................................................................................................................................................................

A PROPOSTA
"Somente que indo, não vades longe"  (Êx 8.28).
AS CONSEQUÊNCIAS..............................................................................................................................................................................................................................................................................................

A PROPOSTA
"Deixai ir os homens"  (Êx 10.7).
AS CONSEQUÊNCIAS..............................................................................................................................................................................................................................................................................................

A PROPOSTA
"Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas"  (Êx 10.24).
AS CONSEQUÊNCIAS..............................................................................................................................................................................................................................................................................................


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Deus havia declarado que se Faraó não deixasse o seu povo sair do Egito, Ele feriria os egípcios com várias pragas (Êx 3.19,20). Em Êxodo 7.4,5, Deus reiterou o envio de flagelos terríveis sobre o Egito, os quais tinham como propósitos: julgar tanto o governo quanto o povo por seus atos, e também apressar a saída dos hebreus e mostrar o poder de Deus sobre os deuses egípcios.
A partir da ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passa a fazer uma série de propostas ardilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Na lição de hoje estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas e as propostas de Faraó ao povo de Deus.

I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA  DE FARAÓ

1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19-12.33). Deus ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu partir. Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de Deus. Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas. Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.
2. A primeira proposta (Êx 8.25). Esta proposta exigia que Israel cultuasse a Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta: "E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus" (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mal. Todavia, "sem santificação ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Deus requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma-se por toda a parte, como um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará" (Mt 24.12). Precisamos ser mais santos e consagrados a Deus!
SINOPSE DO TÓPICO (1) Diante das pragas que atingiram duramente o Egito, Faraó apresentou algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.

II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28). "Somente que indo, não vades longe". Isso resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles, como acontece ainda hoje com o crente mundano (Tg 4.4,5; 1 Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). O propósito de Faraó ao ordenar "não vades longe" era vigiar e controlar os passos do povo de Israel. "Não vades longe" significa para o crente hoje o rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. "Não vades longe" (Êx 8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço.
2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7). Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família ficariam no Egito. O povo de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável.
A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de Deus. Vejamos:
a) Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem direção.
b) Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem os pais. O Diabo quer a ruína do casamento (Êx 1.16). Oremos por um avivamento espiritual sobre os casais que servem ao Senhor.
c) Miscigenação devastadora. Os jovens de Israel sozinhos no deserto a caminho de Canaã se casariam com moças pagãs, idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfim, haveria perda de identidade dos hebreus como povo do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (2) "Não vades longe", significa para o crente hoje, o rompimento parcial com o pecado e com o mundo.

III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito. A praga das trevas acabara de ocorrer, e todo o Egito durante três dias seguidos ficou sem luz. Só havia luz nas casas dos hebreus (10.21-23). Faraó teve muitas oportunidades, mas não deu ouvidos à voz do Senhor e não atendeu aos apelos de Moisés. A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. O rei do Egito escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas. Quem pode resistir ao Senhor? Se Deus está falando com você, atenda-o. Não resista! Muitos já viram e experimentaram os milagres do Senhor, porém, seus corações permanecem duros e inflexíveis, como o de Faraó. Lembre-se de que há um preço alto a se pagar por não se dar atenção ao que Deus fala.
2. A quarta e última proposta. A situação era tão caótica no Egito que o próprio Faraó procurou Moisés (Êx 10.24) e fez a sua última proposta: "Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas vacas" (v. 24). A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente "limpos" para oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (cf. 1 Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor. Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa "os nossos negócios e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade de Deus" (10.24). O crente precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas também diante dos homens (2 Co 8.21). A santidade é um imperativo na vida do cristão até mesmo nos negócios.
SINOPSE DO TÓPICO (3) A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. Ele escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas.

CONCLUSÃO
A atitude do cristão hoje ante as traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: "Nem uma unha ficará" no Egito (Êx 10.26). Satanás figurado em Faraó não mudou em relação à sua luta contra o povo de Deus. Ele continua a tentar o crente de muitas maneiras para fazê-lo cair, inclusive com más insinuações, sugestões, conclusões etc. "Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 15.57).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"As pragas do Egito combinam todos os aspectos das pragas da Bíblia. Esses eventos são explicados através de exames dos termos hebraicos usados para defini-los. Muitas palavras derivam da raiz nagap 'atingir, destruir', e mostram as pragas como um golpe de Deus para castigar ou punir. A palavra hebraica negep, no sentido de 'golpear, atacar' foi usada como termo de julgamento. É encontrada relacionada às pragas do Egito apenas em Êxodo 12.13, que fala sobre a morte dos primogênitos. A palavra hebraica maggepa também quer dizer 'golpe, matança, praga, pestilência' e é aplicada à praga somente em Êxodo 9.14 que é uma referência geral a esses acontecimentos.
Da raiz naga, 'tocar, alcançar, atingir', vem nega, 'golpe, praga', que é usada metaforicamente para doenças como castigo divino. Na narrativa do Êxodo ela aparece apenas em 11.1, onde se refere à destruição dos primogênitos. Esses termos indicam uma ação direta de Deus no castigo; outros termos e declarações bíblicos mostram que esses atos são o testemunho do poder e da divindade do Deus único (cf. Dt 4.34,35)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1584).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Z. Zevit pesquisou possíveis analogias para as pragas em outras partes da Bíblia. Entre o relato das pragas e a narrativa da Criação, ele descobriu expressões e vocábulos semelhantes, o que o levou a sugerir que Gênesis 1-2, tematicamente, funciona como pano de fundo para as pragas. Dessa forma, por exemplo, na praga do sangue, a expressão 'sobre todo o ajuntamento das suas águas' (Êx 7.19) corresponda 'ao ajuntamento das águas' de Gênesis 1.10. Zevit também relaciona as dez pragas às dez ocorrências da expressão 'e disse Deus' (Gn 1,3,6,9,11,14,20,24,26,28,29)" (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2.ed. Rio de Janeiro, CPAD: 2007, p.183).

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.37.

EXERCÍCIOS
1. Qual foi a primeira proposta de Faraó?
R. "Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra" (Êx 8.25).

2. Descreva a segunda proposta de Faraó.
R.  "Somente que indo, não vades longe". 

3. Qual foi a terceira proposta de Faraó? 
R.  "Deixa ir os homens" (Êx 10.7).

4. Qual foi a proposta final de Faraó?
R ."Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas." 

5. Qual deve ser a atitude do cristão ante às malditas e traiçoeiras propostas do Maligno?
R. A atitude do cristão hoje ante as malditas e traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: "Nem uma unha ficará" no Egito (Êx 10.26).

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Lição 2 - Um Libertador para Israel


12 de Janeiro de 2014

Um Libertador para Israel

TEXTO ÁUREO
"E disse Deus a Moisés: EU SOU o QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós"  (Êx 3.14).

VERDADE PRÁTICA
Assim como Moisés, usado por Deus, libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do mundo.

HINOS SUGERIDOS 458, 459, 467

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 3.3 Cristo é superior a Moisés
Terça - Hb 3.5 Moisés, um servo fiel
Quarta - Êx 2.23-25 Deus ouve o clamor do povo
Quinta - Êx 3.10 Deus chama Moisés
Sexta - Êx 4.3-8 Deus confirma a liderança de Moisés com sinais
Sábado - Êx 5.1 Moisés diante de Faraó

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 3.1-9
E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.
E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu.
E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.

INTERAÇÃO
O livro dos Provérbios, talvez, seja o principal dos livros bíblicos a falar Deus Deus tinha um plano traçado para o seu povo através de Moisés. Este o conduziria até Canaã. Moisés foi dia a dia preparado e lapidado pelo Senhor para cumprir os  propósitos divinos. A formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar.
O enfoque da lição de hoje é o preparo de Moisés para se tornar o libertador do povo de Deus. Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender como se deu a chamada e o preparo de Moisés.
* Saber quais foram as desculpas apresentadas por Moisés ao Senhor.
* Analisar como foi a apresentação de Moisés a Faraó.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o mapa  abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos o caminho que Moisés teve que percorrer de volta ao Egito. Ele andou aproximadamente 320 quilômetros. Enfatize que Deus chamou Moisés para uma importante Missão - libertar os israelitas do jugo da escravidão. Em obediência ao Senhor, Moisés voltou ao Egito. Muitas vezes Deus requer que voltemos de onde saímos. Porém, ao retornar, Moisés era um novo homem. Agora não agiria mais segundo as suas forças, mas em obediência restrita a Deus.

Extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 89

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia.

I. MOISÉS - SUA CHAMADA E SEU PREPARO (ÊX 3.1-17)
1. Deus chama o seu escolhido. Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas - um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus.
O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como "o Deus de Abraão e o Deus de Isaque", mas igualmente como "o Deus de Jacó". Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1 Pe 5.10; Jo 1.14,16).
2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15). Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta?
Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto.
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10). O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: "Tira o 'Egito' de dentro do meu povo". É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o 'Egito' de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo.
"Certamente eu serei contigo" (v. 12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: "Nada sou" (2 Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1 Co 3.7).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Moisés foi chamado e preparado por  Deus para que cumprisse sua missão com excelência.

II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O receio de Moisés e suas desculpas. O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas - "eles não vão crer que o Senhor me enviou"; "não sou eloquente". Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14).
2. Deus concede poderes a Moisés. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade.
3. O retorno de Moisés. Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: "Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem" (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: "Vai em paz". Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Deus não aceitou as escusas de Moisés. Ele também não aceitará as nossas, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser.

III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (ÊX 5.1-5)
1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que "por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus" (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33).
2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: "Por que Senhor?"  Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.  
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v. 6), adotá-lo como seu povo (v. 7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito.

CONCLUSÃO
Na lição de hoje aprendemos como o grande "Eu Sou" escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga "sim" ao chamado de Deus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico
"O Encontro entre Deus e Moisés (3-5)
O termo hebraico para 'sarça' (seneh) só aparece no Antigo Testamento aqui e em Deuteronômio 33.16, quando Moisés canta que Deus era '[aquele] que habitava na sarça (ardente)'. Quão oportuno que as últimas palavras de Moisés registradas nas Escrituras sejam, entre outras coisas, sobre seu primeiro encontro com Deus na sarça ardente! Essa palavra hebraica faz soar e faz lembrar a palavra 'Sinai' (sny e snh). Por duas vezes, Deus apareceu a Moisés de forma incandescente. Primeiro em uma snh  (capítulo 3), depois no sny (capítulo 19). Deus costuma aparecer nos locais mais inesperados, como em uma sarça. Foi próximo a um arbusto que Ele apareceu para Agar (Gn 21.15, com uma outra palavra hebraica para 'arbusto', (siah)) e foi em um arbusto, ou sarça, que apareceu pela primeira vez a Moisés. Falando em lugares inesperados, talvez seja possível estabelecer uma analogia entre o anjo de Deus que apareceu no meio do nada para o pastor Moisés, fazendo um importante anúncio; e os anjos que apareceram diante de um grupo de pastores, no meio do nada, a fim de fazer um importante anúncio (Lc 2.8-20)" (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.160).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico
"Capacitou e transformou o seu caráter
O ser humano deve reconhecer a sua deficiência em realizar a obra de Deus com perfeição. Moisés, reconhecendo a sua incapacidade de fazer o que o Senhor lhe ordenara, relutou e perguntou humildemente: 'Quem sou eu?' (Êx 3.1). Certamente o valente e afoito príncipe herdeiro do trono egípcio sentia-se incapaz de cumprir a ordem do Senhor, pois muitos anos se haviam passado, e ele pouco ou nada sabia sobre o Egito de então. E, depois, voltar ao país de origem para libertar seu povo da escravidão seria uma missão muito árdua. Assim sendo, preferiria ficar no deserto pastoreando os rebanhos de seu sogro. Sentia-se mais útil. Além disso, a rejeição de seus irmãos o abatera fortemente.
 Como se vê, o tempo passara e tudo havia se transformado; o homem também. Contudo, o Todo-Poderoso permanecera imutável, pois nEle não há sombra de variação. Moisés sentiu-se desanimado, mas Deus o fortalecera, dizendo: 'Eu serei contigo' (Êx 3.12-15). A promessa da presença real de Deus é a resposta para toda fraqueza humana" (COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico Êxodo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p.32).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.37.

EXERCÍCIOS

1. Qual era a atividade que Moisés estava exercendo quando Deus o chamou para libertar seu povo?
R. Ele estava apascentando as ovelhas do seu sogro.

2. Qual foi o objetivo da chamada divina na vida de Moisés? 
R.  O objetivo da chamada divina na vida de Moisés era fazer o povo de Israel sair do Egito. 

3. Quais foram as desculpas de Moisés ao ser chamado pelo Senhor?
R. "Eles não vão crer que o Senhor me enviou", "não sou eloquente".

4. O que Deus fez para encorajar Moisés? 
R. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9).

5. Chegando ao Egito, Moisés e Arão foram até Faraó. O que eles foram comunicar ao rei do Egito? 
R. A vontade de Deus para o povo de Israel.