domingo, 28 de abril de 2013

Lição 5 - Conflitos na Família



5 de Maio de 2013

Conflitos na Família

TEXTO ÁUREO
"Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me  ouvirá" 
(Mq 7.7).

VERDADE PRÁTICA
Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em  nossa família.

HINOS SUGERIDOS 235, 254, 318

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv  31.10 O valor da  esposa virtuosa
Terça - Pv  31.11 A confiança do  esposo
Quarta - Ef 6.4 Criando os filhos sabiamente
Quinta - Ef 6.1 Respeito aos pais
Sexta - Ef 6.2 Filhos honrando os pais
Sábado - Sl 119.11 A família observando a Palavra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.22-30

22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele 
próprio o salvador do corpo.
24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em 
tudo sujeitas a seu marido.
25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou 
por ela,
26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, 
mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como 
também o Senhor à igreja;
30 porque somos membros do seu corpo.


INTERAÇÃO
Foi no Éden  que a família vivenciou seu primeiro e maior conflito. A consequência desta desordem é sentida até hoje em todos os lares. Porém, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já no Éden providenciou a solução para as  famílias e para a iniquidade: Jesus Cristo. O Filho de  Deus veio  ao  mundo como um bebê e experimentou a vida familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos. Com o amor verdadeiro no  coração, que é resultado da  graça divina, poderemos não  somente vencer, mas evitar as confusões. Para  isto  precisamos convidar Jesus a fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia em  nossos lares.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.
* Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.
* Compreender a importância da fidelidade conjugal no  casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza, conforme as suas possibilidades, o quadro abaixo. Inicie  a aula com a seguinte indagação: "Quais são os principais conflitos vivenciados pelas famílias na atualidade?" Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando, vá preenchendo a primeira coluna do  quadro. Depois faça a segunda pergunta: "Como podemos vencer esses conflitos?" Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do  quadro. Conclua a atividade orando com os alunos e pedindo que Deus dê sabedoria para que os conflitos que tentam assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.

A FAMÍLIA E SEUS CONFLITOS
PRINCIPAIS CONFLITOS DA FAMÍLIA ATUAL
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COMO PODEMOS VENCÊ-LOS
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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Os conflitos familiares vêm de  tempos imemoriais. No Éden, antes da  Queda, havia um  ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas  o  casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser outra: o  início  de  sérios conflitos familiares. A boa nova para  os  nossos  dias é saber da  possibilidade, em  Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes, afetam a família cristã.

I.  DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes.  Dentre os vários motivos existentes  para justificar os desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se destaca é  o  temperamento.  Segundo os psicólogos, temperamento "é a combinação de  características inatas que herdamos dos nossos pais que, de  forma inconsciente, afetam o nosso comportamento". De acordo com o conceito popular, podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas,  pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a  fim  de  que tenhamos um  casamento feliz (1 Pe 4.8).
2.  Fatores que  trazem conflitos.  Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:
a)  Falta   de   confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na  plena confiança do  amor verdadeiro, pois o amor folga com a  verdade (1  Co  13.6). Quando há  amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1 Co 13.5b). Há quem pense que o  ciúme desenfreado é  prova de  amor. ledo  engano!É loucura que pode, inclusive, colocar em  risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde  o  Espírito Santo se  faz presente há  perfeito amor, paz, alegria e  longanimidade, que é a  paciência para se suportar as falhas alheias (Gl 5.22). Uma  das formas de  demonstrarmos o fruto do  Espírito é vista na  maneira como usamos nossas  palavras, pois a  palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma referência para designar quem é sábio ou  não, pois a sabedoria é manifesta em  obras de  mansidão (tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares, chegando até mesmo a terminar um  relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se endivida não pensa em  mais nada a  não ser nas dívidas. Algumas pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de  Deus e nada dever a ninguém (Rm 13.8). Através de  um  planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da  sua família  (Pv 11.15; 22.7,26)!
d)  Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o pecado vem a público inesperadamente (lc 12.2). O casamento sofre um  duro golpe,  os filhos ficam sem direção e a  família transtorna-se.  É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo, o envolvimento extraconjugal. Além  de  ser um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Falta  de confiança, tratamento grosseiro, dívidas e infidelidade podem causar conflitos familiares.

II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS  PAIS

1. A  mulher no  mercado  de  trabalho. Devi do   à s modernas  demandas  sociais, a mulher deixou de  se dedicar exclusivamente às funções domésticas, e  passou também a exercer funções em  empresas e organizações diversas, ocupando  a  maior parte do  seu tempo em  atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de  uma década, para cada dez homens que morria de  infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje,  o  número  de   mulheres que morre desse mal  subiu para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. Sem a presença dos pais, as crianças  ficam desorientadas.  Muitas vezes elas convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por  outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em   frente da  "babá eletrônica", a televisão, ou  com a "mestra eletrônica", a internet. Ali, são "educadas" pelos  heróis  artificiais. As figuras do  pai  e da  mãe presentes estão cada vez mais escassas. tal  ausência é  sentida quando os nossos filhos entram na  adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Os pais podem   trabalhar fora, todavia, não podem descuidar da  educação de  seus filhos. A educação dos filhos deve ser prioridade.

III. MÁ EDUCAÇãO DOS  FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar  a  Palavra de  Deus aos nossos filhos na admoestação do  Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o excesso de  ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como instituição  responsável pela formação espiritual e moral da  criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e  sequer a  filosofia pedagógica adotada pela instituição de  ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na  área educacional. Os "mestres" das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de  telecomunicação. É comum ver  as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da tv, consumindo todo tipo de  má educação. Mas  é  raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que  a igreja local invista nos professores de  Escola Dominical. Que  os professores da  Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de  Deus num mundo que jaz  no  maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência de Deus é o inimigo número um  do lar. É essencial que aqueles que constituem família convidem Jesus, o maior educador de  todos os tempos, a  estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da  Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o culto doméstico e,  juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia.  Não  nos esqueçamos: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão  trabalham os que a edificam" (Sl 127.1).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A ausência de Deus é o inimigo número um  do  lar. Jesus, o maior educador de todos os tempos, precisa estar presente em nossos lares

CONCLUSÃO
Sempr e   haverá  conflitos nas relações familiares, mas a família cristã precisa saber como contornar tais conflitos à luz  da Palavra de  Deus. Com  o amor verdadeiro no  coração, poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar os conflitos. Basta ter a Jesus como o hóspede de  nosso lar.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
"Zelo Bíblico como Relacionamento
Nós  acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito primário do  casamento. Apesar de  todas as coisas maravilhosas que Deus criou no  jardim do  Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão. Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da  queda, podiam oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a primeira família. Em Gênesis 2.18, Deus disse: 'Não  é  bom que o  homem esteja só;  far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.' Aqui está de  novo - paternidade segue a  parceria. Paternidade  depende de  fidelidade. O  papel estratégico do  relacionamento marido/esposa no  casamento estabelece um  ponto central no alvo  familiar. tudo mais é secundário. tudo  o  mais é  inferior, porque quando o  companheirismo não funciona, a  família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos  no pináculo estabelecido por Deus, em  nossa unidade familiar, por isso somos ao  mesmo tempo gratos, temerosos e  esperançosos no  que se refere a nossa tarefa de liderança e ao  nosso zelo divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no  casamento" (GANGEl, Kenneth O. & GANGEl, Jefrey S. Aprenda a  ser Pai  com o Pai:  Tornando-se o pai  que Deus quer que você seja. 1.ed.  Rio  de Janeiro: CPAD, 2004, pp.72-3).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Esta  passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica  quase irreconhecível em  algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa passagem em  favor daquele versículo que diz  que as esposas têm que se submeter aos seus maridos - que os homens são o cabeça da  casa. Mas  pegar esse versículo isolado da  passagem anterior destrói o  significado da Escritura. Nós  podemos ser tentados a  controlar os outros, para transformá-los em  alguma espécie de  imagem que nós formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia de Paulo era  que maridos e esposas devem submeter-se mutuamente. Eles  devem ser sensíveis às necessidades um  do  outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver  seus cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares, e não devem controlar ou  dominar o esposo, ou  a esposa, ou  dizer a eles como devem viver. também não devem viver inteiramente separados do  seu parceiro. Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: 'Assim  também vós, cada um  em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido' (Ef 5.33)" (HAWKINS, David. 9 Erros Críticos que Todo Casal Comete: Identifique as Armadilhas e Descubra a Ajuda de  Deus. 3.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2010, p.93).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa. 1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2009. GANGEl, Kenneth O. & GANGEl, Jefrey S. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o  pai  que Deus quer que você seja.1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 54, p.38.

EXERCÍCIOS
1. Dentre os motivos dos  conflitos familiares, qual se destaca?
R. O temperamento.

2. Cite pelo menos três fatores que trazem conflitos.
R. Falta  de  confiança, tratamento grosseiro e dívidas
3. O que acontece às  crianças quando ficam sem  a  presença dos  pais?
R. Sem  a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas
4. Quem é a principal responsável pela formação espiritual e moral da  criança?
R. A família.
5. Que forma de auxílio diferenciado o servo de Deus conta?
R. Com  o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas evitar os conflitos

domingo, 21 de abril de 2013

Assim como a corça


Paixão de Cristo - Ele me Ama (Livres para Adorar)


Entre a Fé e a Razão (Abraão & Isaac)


O que Spurgeon pregaria hoje?



E como o público evangélico reagiria às suas contundentes pregações?
O que Spurgeon pregaria hoje?

O pregador inglês Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834 e começou a pregar em 1850. Ele, que tem sido considerado o príncipe dos pregadores e um apologista exemplar, pregou o Evangelho e combateu heresias e modismos de seu tempo até 1892, quando partiu para a eternidade. As citações abaixo deixam-nos com a impressão de que ele se referia aos trabalhosos dias em que vivemos...

"A apatia está em toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor" ("Preface", The Sword and the Trowel [1888, volume completo], p.iii).

Meu Deus, se naquela época as coisas já estavam assim, o que Spurgeon diria hoje?!

"Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? (...) se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: 'Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?'" ("Holding Fast the Faith", The Metropolitan Tabernacle Pulpit, vol.34 [Londes, Passmore and Alabaster, 1888], p.78).

O sermão acima foi pregado em 5 de fevereiro de 1888, quando Spurgeon estava sendo censurado por defender o Evangelho. O que ele falaria hoje das pregações antropocêntricas, que nada falam acerca do Senhor Jesus e sua gloriosa obra vicária?

"Estão as igrejas vivenciando uma condição saudável ao terem apenas uma reunião de oração por semana e serem poucos que a frequentam?" ("Another Word Concerning the Down-Grade",The Sword and the Trowel [agosto, 1887], pp.397,398).

Infelizmente, o chamado "louvorzão" tem substituído o período de oração, em nossos cultos. Spurgeon ainda fala!

"O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhe tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam de cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice" ("Another Word Concerning the Down-Grade", The Sword and the Trowel [agosto, 1887], p.398).

Spurgeon disse isso em 1887 mesmo?!

"Não há dúvidas de que todo tipo de entretenimento, que manifesta grande semelhança com peças teatrais, tem sido permitido em lugares de culto, e está, no momento, em alta estima. Podem essas coisas promover a santidade ou nos ajudar na comunhão com Deus? Poderiam os homens, ao se retirarem de tais eventos, implorar a Deus em favor da salvação dos pecadores e da santificação dos crentes?" ("Restoration of Truth and Revival", The Sword and the Trowel [dezembro, 1887], p.606).

Hoje, os seguidores da "nova onda" revoltam-se contra os que defendem o Evangelho. Mas o que diriam eles de Spurgeon?

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

Lição 4 - A Família Sob Ataque



28 de Abril  de 2013

A Família Sob Ataque

TEXTO ÁUREO
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo"  (Ef 6.11).

VERDADE PRÁTICA

Nestes últimos dias, somente a família que obedece  a  Palavra de Deus conseguirá triunfar sobre as investidas de  Satanás.

HINOS SUGERIDOS 4, 58, 219

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 119.105 Palavra de  Deus: luz  para a família
Terça - Ef 6.10-12 Fortalecendo a família
Quarta - Pv  23.13,14 A disciplina na  família
Quinta - 1 Co  6.18,19 A família fugindo da  prostituição
Sexta - Mt 26.41 A família vigiando e orando
Sábado - Hb  12.14 Família apaziguada e santa

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.1-6

1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta 
e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
3 Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém 
a santos;
4 nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de graças.
5 Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, 
tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os 
filhos da desobediência.


INTERAÇÃO
Professor, na lição de hoje estudaremos a  respeito de  alguns ataques que as famílias vêm enfrentando na  atualidade. Tais  investidas são  lançadas por Satanás, o arqui-inimigo da família.  O Diabo tem como intento matar, roubar e destruir e ele tem conseguido realizar os seus propósitos. Como "sal" e "luz" deste mundo precisamos anunciar a  Cristo, aquEle que possui todo poder para destruir as  obras do  Maligno. A Igreja do Senhor Jesus Cristo, a "coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15), deve lutar para que os princípios éticos fundamentais da família sejam preservados, pois somente assim não  pereceremos sob  os ataques do mal, antes, glorificaremos a Deus.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar a posição do Estado na educação dos filhos.
* Acautelar-se das propostas sociais para destruir a família.
* Saber como podemos vencer a  filosofia mundana que é  imposta sobre a família.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição sugerimos que você promova um  debate em classe. Proponha à classe as seguintes questões: "O  Estado deve intervir nas questões familiares?" "Qual  deve ser a posição do  cristão diante de  leis  que vão contra os princípios bíblicos?"
O debate é um  valioso método de aprendizagem, pois favorece a participação dos alunos, tornando a aula mais dinâmica e interativa. Ele também ajuda
a descobrir qual é o conhecimento prévio do  aluno a respeito de  determinado tema. Ouça os alunos com atenção e faça as considerações que achar necessárias. Conclua lendo a verdade prática da  lição.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Sabemos que Satanás tem mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No entanto, a Igreja de Cristo, como “sal” e “luz” da terra, deve confrontar, por intermédio da Palavra de Deus, os ataques do Maligno. Não podemos nos esquecer que estamos lutando contra principados e potestades (Ef 6.12). Se desejamos uma vida familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor. Carecemos da armadura de Deus para que possamos enfrentar as lutas e desafios do nosso tempo.

I.OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Ataque às crianças. Atualmente, em  muitas escolas, tanto da  rede pública como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e  repassado de  modo contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de  aula, são fundamentados na filosofia evolucionista. tudo começa com a explicação sobre a origem da  matéria, da  vida, do  homem, e de  tudo que existe no  universo. Os pais não podem negligenciar a educação de  seus filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma educação religiosa de  qualidade às crianças.
2.  Ataque à  disciplina no lar. Em  nossos dias existem questionamentos relacionados à aplicação da  disciplina aos filhos. Mas,  segundo a Palavra de  Deus, aplicada com sabedo-ria,  a disciplina livra  a criança da   morte (Pv 23.13,14).  Disciplina é  toda ação instrutiva e  discipuladora, pois a palavra disciplina tem a  mesma raiz da  palavra  discipular. De  fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no  temor e na  admoestação do  Senhor e que os filhos honrem e  obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de  Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em  toda a sua existência.
3. Falsos Ensinos. Há,  em nossos dias, diversas novas teologias que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, "as  portas do inferno" valem-se da  teologia para atacar a Igreja e consequentemente
às famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos ensinos deturpados,  que utilizam-se até de partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para confundir e  afastar do Senhor as famílias, que tem sede de  salvação, do  caminho, da  verdade, e  da  vida, que é  o  próprio Jesus Cristo (Jo 14.6). Inspirados por teologias liberais, há  famílias que não mais veem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de fé e prática do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de  Deus. Cuidado! A Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. leia com atenção 2 timóteo 3.16. É indispensável, que as famílias  cristãs estudem e  obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha a guma ao adversário. Quer na igreja, quer em  casa, vigiemos e oremos.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O alvo  do  Diabo é  minar as familias através dos falsos ensinos às crianças, da  distorção da Palavra de  Deus e da  ausência de disciplina no  lar.

II.ATITUDES MUNDANAS PARA DESTRUIR  A FAMÍLIA
1. O  Abandono aos  Filhos. Não   é  incomum vermos em   nossa  sociedade pais que abandonam   seus   filhos,   não raro, estes ainda bebês. Essa  é uma forma monstruosa de  desrespeito para com a vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são herança do  Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao  Senhor. Como pais,  somos  responsáveis por vestir nossos filhos, alimentá-los, proporcionar-lhes uma educação de  qualidade, inclusive para que estejam prontos para o mercado de  trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, é  igualmente nossa obrigação transmitir a  fé  que uma vez nos foi dada, para que as próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.
2. Desrespeito aos pais. O ato de  honrar os pais sempre foi  apreciado  por Deus. Quando  Ele  deu a  sua lei  aos filhos de  Israel, antes de  entrarem na terra Prometida, dentre os mandamentos constava a ordem de honrar pai  e mãe, para que os filhos pudessem entrar na  nova terra sabendo que entre suas r esponsabilidades  para  com Deus estava o respeito para com aqueles que, por meio de  um  ato de  amor, lhe  trouxeram a  vida. Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt 19.19; lc 18.20), e Paulo acrescentou que honrar pai  e mãe foi  o primeiro mandamento com promessa (Ef 6.2). Infelizmente, não são raros os casos de  filhos que não apenas desonram seus pais de-sobedecendo-lhes, mas também esquecem deles na  sua velhice, época  em   que  mais precisam de  ajuda. Que  esse pensamento mundano jamais prospere entre servos de  Deus.
3. O secularismo. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a "doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para  o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de   todas as coisas". Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e  os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser  santos em  toda a nossa maneira de viver (1  Pe  1.15,16).  Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a  viverem um   estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser "sal da  terra" e "luz do  mundo" (Mt 5.13,14). Como sal,   precisamos ter uma vida familiar de  tal  forma, que os que nos veem, ou  nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no  ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do  pecado em  nossa volta.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O  crente como sal e  luz do mundo, representante do reino divino,  não pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.

III. O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA
Para  a filosofia de  vida mundana, não há  limites para o  homem desfrutar do prazer carnal. A internet, que tem sido usada como um  grande meio de comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de  vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a esse desafio?
1. Observar a  Palavra de Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em  seu caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este princípio aplica-se a qualquer cristão independente de  sua faixa-etária. É indispensável que o adolescente, o  jovem, ou  o  adulto, conheçam profundamente a Palavra de Deus. Assim, estaremos  preparados para enfrentar os ardis de Satanás (Ef 6.10-20).
2. Templo do Espírito Santo. Não é incomum sofrermos tentações em   todas as esferas da vida, principalmente na  sexual por causa da  pornografia, tão comum em  nossos dias. Porém, devemos nos lembrar de que o  nosso corpo é  o  templo do  Espírito Santo e  o  objeto de glorificação ao  Altíssimo (1  Co 6.18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafios como a  oferta de  sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
3.  "Não porei coisa  má diante dos  meus  olhos"  (Sl 101.3). "Coisa  má"  é  tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a  santidade do  corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos, orientando-os quanto ao  que pode ser visto, ouvido e  assistido. Não  podemos descuidar da  educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Só poderemos vencer a filosofia de  vida mundana se atentarmos para a Palavra de  Deus.

CONCLUSÃO
Alguns dos  mais terríveis golpes contra a  família são manipulados pelas autoridades públicas, ou seja, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da   constituição da  família tradicional (Rm 13.4). Há  uma onda do  materialismo e do   liberalismo social, ambos a serviço do  Diabo, predominando nas políticas públicas. todavia, a  Igreja do  Senhor Jesus Cristo, a  "coluna e  firmeza da  verdade" (1  tm  3.15), cerrará as fileiras de  guardiã dos princípios éticos fundamentais da  família. Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família, mas glorificaremos a Deus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Teológico
"O Nt não desafia diretamente as estruturas sociais existentes. Em lugar disto, [...] o Nt fala diretamente às pessoas cristãs, e as convoca para viverem uma vida de  amor dentro das estruturas da  sociedade.  Desta forma, embora a esposa deva submeter-se ao  seu marido, ele  é exortado a amar sua mulher o suficiente para colocar suas necessidades em  primeiro lugar em  seu relacionamento ([Efésios] 5.23-33). Embora os filhos devam obedecer aos seus pais, os pais não devem 'provocar a ira' em  seus filhos (6.1-4). E, embora os escravos devam obedecer aos seus senhores na terra, os senhores cristãos devem tratar bem seus escravos, e com respeito (6.5-9). Em última análise, a vida de amor à qual os cristãos são convocados devem romper todas as barreiras artificiais erigidas pela sociedade. Inicialmente, a  vida de amor capacitaria o povo de  Deus a unir-se no  que Paulo mostrou que nós somos - um corpo, uma pátria no Senhor" (RICHARDS, lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.429).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LIMA,  Elinaldo Renovato  de. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo. 1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2002.
YOUNG, Ed. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não  fazer para manter uma aliança por  toda a vida. 1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2011.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 54 p.38.

EXERCÍCIOS
1. Cite  alguns ataques enfrentados  pelas famílias na  atualidade.
R. Ataque às crianças, ataque à disciplina no  lar  e falsos ensinos.
2. O que é disciplina?
R. É toda ação instrutiva e discipuladora
3. Cite  algumas atitudes mundanas para destruir a família.
R. O abandono aos filhos, o desrespeito aos pais e o secularismo.
4. O que é secularismo?
R. Doutrina que ignora os princípios espirituais na  condução dos negócios humanos.
5. O que a  sua família tem feito para vencer os ataques do Maligno?
R. Resposta pessoal

domingo, 14 de abril de 2013

Lição 3 - As Bases do Casamento Cristão




21 de Abril de 2013

As Bases do Casamento Cristão 

TEXTO ÁUREO
"Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por  ela" (Ef 5.25).

VERDADE PRÁTICA
O casamento cristão tem de  ser edificado tendo como base o  amor a Deus e ao próximo. Sem  amor não há  casamento feliz.

HINOS SUGERIDOS 299, 398, 531

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb  13.4 O valor espiritual do  casamento
Terça - Ef 5.25 O amor do  marido pela esposa
Quarta - Tt  2.4  O amor da  mãe pelos filhos e o marido
Quinta - 1 Pe  3.7 O esposo deve honrar a esposa
Sexta - Ef 5.33 A mulher reverencia o marido
Sábado - 1 Co  7.2  O casamento resguarda da  prostituição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.22-28,31,33

22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele 
próprio o salvador do corpo.
24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em 
tudo sujeitas a seu marido.
25Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou 
por ela,
26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, 
mas santa e irrepreensível.
28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
31 Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.
33 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a 
mulher reverencie o marido.


INTERAÇÃO
Inicie   a  aula  pedindo  aos   alunos que citem algumas características de  um casamento bem-sucedido. À medida em  que forem citando, anote as  características em  uma folha ou escreva-as no  quadro.  Após ouvir os  alunos, explique que tais características oferecem uma  ideia dos propósitos de Deus para a vida a dois. Ressalte o fato de que, instituído por Deus, o casamento tem o objetivo de ser  a base da família e, consequentemente, de  toda a sociedade. Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender qual é  a  verdadeira vontade divina para o casamento.
* Conscientizar-se da   importância do  amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.
* Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no  casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:

1 Coríntios 7. 1-16: O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv. 1-7); os solteiros (vv. 8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv. 12-16); o casamento e o serviço cristão (25-38).

Explique que este capítulo é um  tratado a respeito do  matrimônio e do  relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do  casamento, deixando bem claro que ele  é uma aliança divina e indissolúvel.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por  isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao  casamento e  aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: "venerado seja entre todos o  matrimônio e  o  leito sem mácula" (13.4). tal  verdade a  respeito do  casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um  plano global. Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou, logo no  princípio, que o homem deixasse pai  e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos  fossem  "uma carne" (Gn 2.24). É exatamente o que acontece no  ato conjugal, sendo esta a vontade de  Deus para todas as pessoas, crentes ou  não: que a humanidade cresça e, através da união legítima entre 1  homem e uma mulher, multiplique-se.
2. Os indicadores da  vontade de Deus. Ao aconselhar os jovens em  relação ao  namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes. Nesse particlar, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:
a) A Paz de Deus no coração. Um dos sinais da aprovação divina quanto ao  que fazemos, ou  pretendemos fazer, é  o  sentimento de  paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções
 (Cl 3.15).
b)  O  comportamento pessoal.  Se alguém não honra os pais, como honrará o seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um   ciúme doentio a ponto de  não lhe  permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina. tal relacionamento não dará certo.
c) Naturalidade. Procurar "casa de profetas" para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é  muito perigoso. Quando o relacionamento é da  vontade divina, um  sente amor pelo outro, sente falta do  outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. tudo flui naturalmente. Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que Deus está de acordo com esta união.
d) Os princípios de santidade. Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas  não devemos nos esquecer: a santidade é um  requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva  em conta o  princípio da castidade já  está fora da  orientação divina.   Portanto, se o  namoro ou  o noivado é  marcado por atos e práticas que ofendem a  Deus, é sinal de   que o  relacionamento já  está fadado ao  fracasso (1  Co 6.18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 ts  4.3). E a  virgindade, tanto do rapaz, quanto da  moça, continua a ser muito importante aos olhos de  Deus.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Deus ordenou, logo no  princípio, que o  homem deixasse pai  e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam "uma só carne".

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1.  O   dever  primordial do casal. O  marido que  não ama a  própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrário, ele  peca por desobediência, pois amar é  uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: "vós, maridos, amai vossa  mulhe r,  como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela"  (Ef 5.25).  O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: "Como também Cristo amou a Igreja". Perceba queo termo "como" é um  advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o  amor de  Cristo por sua Igreja. É um  amor sublime e sem igual.
2. O amor gera união plena. A união é o resultado do amor sincero. logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, "dois  numa [só]  carne" (Ef 5.31). Por  isso, o apóstolo Paulo ensina: "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao  marido" (1Co  7.3). Isto  quer dizer igualdade e reciprocidade no  casamento; marido e  mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do  casal união de  pensamentos, de  sentimentos e de  propósitos.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.

III. A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator indispensável  à estabilidade no casamento. Além  de  proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o  casamento desaba. As estruturas do  matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a  família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a  mulher (1Co 6.15-20).
2. Cuidado com os falsos padrões. O amor que se vê  nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de  preencher os requisitos da  Palavra de  Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do  amor conjugal é  o  de Cristo para com a  Igreja!  Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de  um  dos cônjuges. Não é um  "contrato" com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O verdadeiro padrão do  amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.

CONCLUSÃO
Nosso desejo é  que as igrejas  promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na  Palavra de  Deus. Enfim, que toda a  família seja edificada em  Cristo. Dessa maneira, demonstraremos o valor do  casamento  bíblico e  os perigos das novas "configurações familiares" defendidas e  apoiadas pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico,  heterossexual e  indissolúvel. Se a família não for  sadia, a sociedade será enferma.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)
[...]  A questão do  casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma posição baseada em   Gênesis 2.18: 'Não  é bom que o homem esteja só'.  No judaísmo, o casamento era  considerado a principal responsabilidade de todo homem. Mas  alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da  pureza moral à qual eram exortados em  Cristo, foram para outro extremo. também é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de  orgulho, uma base para a  pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um  prestígio superior no  corpo de  Cristo.
A resposta de  Paulo rejeitava esse  conceito e  argumentava a favor de  uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento" (RICHARDS, lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed.  Rio de  Janeiro: CPAD, 2007, p.354).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"A Obrigação de Reciprocidade (1 Co  7.3,4)
Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas não é só um  aspecto válido no  casamento, mas também é uma obrigação de  acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague 'não significa a concessão de um  favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do  marido para a esposa e da  esposa para o marido'. Godet diz:  'Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência 'espiritualista' exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da  vida'.  Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi)  significa dar o que se deve, ou  o que se está sob a obrigação de  dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do  casamento em  sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um  ascetismo rígido.
No versículo 4, Paulo expande a ideia de   mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz  parte da  vida, ao  declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um  do  outro. As palavras não têm poder refere-se ao  exercício de  autoridade. O entendimento mútuo elimina dois extremos no  estado dos casados  - a posse separada de  si mesmo, e a sujeição de  uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe  deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou  abusiva é proibida" (GREAtHOUSE, William  M.; MEtZ, Donald S.; CARvER, Frank G. (Orgs.). Comentário Bíblico Beacon. vol. 8. 1. ed.  Rio de  Janeiro: CPAD, 2006, p.295).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, Elaine. Sócios, Amigos & Amados. Os  três pilares do casamento. 1. ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
YOUNG, Ed. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e  o que não  fazer para manter uma aliança por toda a  vida.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 54, p.37.

EXERCÍCIOS
1. Quando o marido se torna "uma só carne"  com a esposa?
R. Durante o ato conjugal.
2. Cite pelos menos três indicadores  da  vontade divina no  relacionamento.
R. Paz  de  Deus no  coração, o comportamento pessoal e naturalidade.
3. Como deve ser o amor do marido pela esposa?
R.  O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de  Cristo pela Igreja: "Como também Cristo amou a Igreja".
4. O que é indispensável à estabilidade no casamento?
R. A fidelidade conjugal.
5. Qual  é o verdadeiro padrão do amor conjugal?
R. O verdadeiro padrão do  amor conjugal é o de  Cristo para com a Igreja!


domingo, 7 de abril de 2013

Lição 2 - O Casamento Bíblico



14 de Abril  de 2013

O Casamento Bíblico

TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o varão o seu  pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne"  (Gn 2.24).

VERDADE PRÁTICA
O casamento é uma instituição divina, sendo constituído pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher: monogâmico e heterossexual.

HINOS SUGERIDOS 186, 192, 210

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co  7.1,2 Uma  mulher, um  marido
Terça - Ef 5.25-27 Ao marido: o amor faz  sacrifícios
Quarta - Ef 5.22-24  A mulher: participante da mesma missão
Quinta - 1 Tm  3.2 O bispo: marido de  uma mulher
Sexta - Gn 2.24 A monogamia é o modelo divino para o casamento
Sábado - Gn 29.21-23,28-31; 30.1-10 A poligamia e as suas tragédias

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.27,31; 2.18,20-24

27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.

31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.
18 E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que 
esteja como diante dele.
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para 
o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma 
das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada 
varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos 
uma carne.



INTERAÇÃO
Professor, nesta lição  você ensinará a respeito do  casamento. No  decorrer da  semana, leia  o  texto bíblico com atenção e  medite na  bênção que é  o matrimônio. A união entre um homem e uma mulher não  é somente para a perpetuação da  raça humana, mas para a formação da  família, a inst tuição mais importante de  uma sociedade. O casamento tem sido  atacado violentamente pelo Diabo. O número de divórcios, até  mesmo entre os crentes, vem aumentando. O matrimônio é uma aliança divina, um sacramento indissolúvel. A Igreja do Senhor Jesus, como "coluna  e firmeza da  verdade" deve trabalhar em  favor da  família, defendendo o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar os princípios da   monogamia.
* Explicar os princípios da  heterossexualidade.
* Conscientizar-se da  indissolubilidade do  casamento

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de  hoje sugerimos que reproduza o gráfico abaixo em  cartolina. leve-o para a classe e fixe-o em  um  lugar que poderá ser visualizado por todos durante o período
desse trimestre. De acordo com o gráfico, explique aos seus alunos o que a Palavra de Deus ensina a respeito do  casamento. Diga  que os princípios e propósitos do todo-Poderoso para o matrimônio não mudaram e jamais mudarão.


O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O CASAMENTO
Gênesis 2.18-24
O casamento é uma ideia de  Deus
Gênesis 24.58-60 
O compromisso é essencial para um  casamento bem-sucedido.
Gênesis 29.10,11 
O romance é importante
Jeremias 7.34 
O casamento proporciona momentos de  imensa felicidade. 
Malaquias 2.14,15 
O casamento cria  o melhor ambiente para a educação dos filhos
Mateus 5.32 
A infidelidade quebra o vínculo da  confiança, que é a base de  todos os relacionamentos.
Mateus 19.6 
O casamento é permanente
Romanos 7.2,3
O correto é que apenas a morte dissolva um  casamento
Efésios 5.21-33
O casamento está baseado nos princípios práticos do  amor, não em  sentimentos.
Efésios 5.23-32
O casamento é um  símbolo vivo  de  Cristo e a Igreja.
Hebreus 13.4 
O casamento é bom e honroso.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
As Escrituras ensinam que homem e mulher foram feitos "à imagem de Deus" (Gn 1.27). Após Deus formar o homem (Gn 2.7), formou também a mulher (v.22). Essa  foi a segunda grande decisão divina no  tocante à existência da humanidade. Deus uniu o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça humana, mas para a formação do casal e, consequentemente , de toda a família.

I. O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1. Monogamia X Bigamia. A palavra monogamia vem de  dois vocábulos gregos: monos (único) e gamós (casamento), significando um  único homem para uma única mulher. Desde o Gênesis, vemos a monogamia como o modelo de união arquitetado por Deus para o casamento e a formação da  família (Gn 2.24). Porém, o primeiro registro da bigamia também está no livro dos começos. lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões não explicadas, teve mais de uma esposa (Gn 4.19). tempos depois, Esaú, filho de Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35). No primeiro livro  de Samuel, temos o caso de Elcana  que tinha duas mulheres. O resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm 1.4-8).
2. A poligamia torna-se comum. Abraão incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara, que era estéril, o pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o concubinato acontecendo na família de Abraão (Gn 16), vindo Ismael a nascer como fruto daquela relação. transtornos familiares, históricos e espirituais foram inevitáveis naquele clã.  Isaque, considerado filho  da promessa, casou-se aos 40 anos, com uma esposa escolhida por  seu pai, e preferiu viver um  casamento monogâmico, honrando Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.O Antigo testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó (Gn 29.21-23,28-31; 30.1-10) e na dos reis de Israel (1 Rs 11.4,7-9).
3. Em o Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo. Certa feita, os fariseus aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se era  lícito ao homem repudiar a "sua  mulher" por qualquer motivo (Mt 19.3). Note que eles não perguntaram "deixar suas mulheres". A resposta do  Senhor remonta às origens do casamento e da própria criação (Mt 19.5,6 cf. Gn 2.24). Jesus refere-se apenas a "uma" esposa, e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.
a) Uma  esposa e um marido. Não há nada tão  claro quanto à monogamia nos ensinos do  apóstolo Paulo. Aos coríntios, por exemplo, ele  ensinou que cada um  deve ter a sua própria mulher e esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a prostituição.
b) A harmonia conjugal. Na epístola aos Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao marido, ele  exorta a  amar a sua esposa, como Cristo amou a Igreja, sacrificando-se por ela  (Ef 5.25; Cl 3.19). Aqui,  a harmonia conjugal é  um  dos fatores que reforçam a monogamia, e ambas são valorizadas conforme o plano original de Deus para o casamento entre um  homem e uma mulher.
c) A monogamia na  liderança cristã. Para os líderes da igreja, Paulo exorta: "Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher" (1 tm 3.2 - sem grifos no original). O diácono também deve ser "marido de uma mulher" (1 tm 3.12). A liderança deve ser  o exemplo dos fiéis em tudo, e esse exemplo inclui o casamento (1 tm 4.12).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) A monogamia é o modelo de união arquitetado por Deus para a humanidade.

II. O PRINCÍPIO  DA HETEROSSEXUALIDADE
1. "Macho e fêmea os criou". Deus criou "o homem", um ser  masculino (Gn 1.26), e também fez  a mulher, um  ser feminino (Gn 1.27). Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou duas fêmeas. Não! Ele uniu um  homem com uma mulher, demonstrando a natureza e o padrão divino da heterossexualidade.  As Santas Escrituras são claras ao  condenarem - assim como o adultério, a prostituição, a perversidade, a idolatria, a mentira, o falso testemunho etc. - a  prática do homossexualismo, quer masculino, quer feminino (lv 18.22; Rm 1.26).
2. "E se unirá à  sua mulher". Após  realizar o primeiro casamento, o Criador disse: "Portanto, deixará o varão o seu pai  e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua vocação heterossexual: "apegar-se-á à sua mulher". Por  isso, olhemos para as Escrituras e olhemos para o ciclo  da  vida humana e,  inequivocamente, concordaremos: se não fosse a união heterossexual, promovida  por  Deus, desde o princípio, a raça humana não teria subsistido.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Deus uniu o homem e a mulher para demonstrar o padrão divino da heterossexualidade.

III. A INDISSOLUBILIDADE DO  CASAMENTO
1. Uma só carne. A fim  de proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimônio entre homem e mulher seria para sempre! tristemente, o pecado ruiu o princípio divino da  continuidade do casamento, trazendo o divórcio e separando famílias. O plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: "o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.6).
2. A porta de entrada para o divórcio. Há situações em  que a falta de  união e de  amor no  casamento, talvez motivados pela desobediência a Deus, pelo  orgulho e  pela falta de  perdão, fazem a convivência do casal tornar-se uma grande fachada. Por conveniência, o casal apresenta-se à sociedade ou à igreja local numa aparente alegria matrimonial, mas na  intimidade, a união tornou-se insuportável. É necessário que a Igreja  esteja pronta para auxiliar os casais que passam por crises conjugais, e motivá-los sempre a permanecerem unidos em um  amor não fingido, mas solidificado e resistente às contrariedades que possam existir no  dia  a dia
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união indissolúvel e permanente (Gn 2.24).

CONCLUSÃO
O casamento heterossexual nunca foi tão atacado como no presente tempo. Em nossa sociedade, leis e normas que atentam contra a lei de  Deus são elaboradas sob o argumento de que o Estado é laico. E deve ser  mesmo! Mas entre ser  laico e desrespeitar princípios ordenados por Deus desde a criação há  uma grande distância. Neste aspecto, a Igreja do  Senhor Jesus deve ser a "coluna e firmeza da verdade" e guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e acalentando os corações feridos. Assim, defendemos que o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de relacionamento.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Teológico
"Da  indissolubilidade
A natureza indissolúvel do  casamento vem desde a sua origem:
'Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua  mãe e apegar-se-á à sua  mulher, e serão ambos uma só carne' (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do  casamento: 'Assim não são mais dois, mas uma  só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem' (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o  compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social. Não existe no  universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da  trindade.
O voto solene de fidelidade um ao outro 'até que a morte os separe', que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não  é mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de  Deus: 'Porque o SENHOR foi  testemunha entre ti e  a  mulher da  tua mocidade' (Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus, independentemente de  o casal ser ou  não crente em  Jesus. Isso diz  respeito ao  casamento per  si,  vinculado de maneira intrínseca à sua natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança 'até que a morte os separe'" (SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz  da  Bíblia. 1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-7).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GIlHAM,  Anabel; Bill. Conversas  Francas sobre o Casamento. 7. ed.   Rio  de  Janeiro: CPAD, 2012.
SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar  feliz. 1. ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 1999.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 54, p.37.

EXERCÍCIOS
1.Qual  a origem da  palavra monogamia?
R. A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamos (casamento), significando um  único homem para uma única mulher.
2. Quem deu início  à bigamia?
R. lameque, filho  de  Metusalém.
3. O que Paulo ensinou aos casados da igreja de Corinto?
R. Aos coríntios, o apóstolo Paulo ensinou que cada um  deve ter a sua própria mulher e esta o seu próprio marido (1 Co7.1,2), numa prevenção  clara contra a prostituição.
4. De acordo com a lição, quem Deus uniu para embasar a heterossexualidade?
R. Homem e mulher.
5. O que pode fazer a convivência  no  casamento tornar-se uma grande fachada?
R. A falta de  união e de  amor.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Lição 1 - Família, Criação de Deus



7 de Abril  de 2013

Família, Criação de Deus

TEXTO ÁUREO
E disse o Senhor Deus:  Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele"  (Gn  2.18).

VERDADE PRÁTICA
A família é  uma instituição divina. Ela é a base da  vida social.

HINOS SUGERIDOS 4, 33, 77

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.18 Não  é bom que o homem viva  só
Terça - Sl 68.6 Deus faz  que o solitário viva  em  família
Quarta - Sl 119.105 A Palavra de  Deus guia a família
Quinta - Sl 128.1 O temor de  Deus traz bênçãos para a família
Sexta - Gn 12.3 A bênção de  Deus sobre as famílias
Sábado - Sl 127.1-5 O Senhor edificando a família

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.18-24

18 E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que 
esteja como diante dele.
19 Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, 
os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma 
vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para 
o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma 
das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada 
varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos 
uma carne.


INTERAÇÃO
Prezado professor, inicie   a  primeira aula deste trimestre  apresentando o  tema geral das lições  Bíblicas e explique que as  treze lições analisam a mais importante instituição criada por  Deus na  face da  Terra; a  célula mater da  sociedade - a família. Fale também a  respeito do  comentarista, pastor  Elinaldo Renovato de  Lima,líder da  Assembleia de  Deus em  Parnamirim, RN, professor universitário, bacharel em   Ciências Econômicas e autor de diversas obras editadas pela CPAD. O enriquecimento espiritual que lhe advirá do estudo de cada lição será sentido em  seu  próprio lar e nas famílias de seus alunos. Que Deus abençoe nossas famílias.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender a  família no  plano divino.
* Conscientizar-se das consequências da  Queda para as famílias.
* Analisar a constituição familiar ao longo dos anos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição sugerimos que reproduza conforme as suas possibilidades a tabela da página ao  lado. Inicie  a aula com a seguinte indagação: "Quais são os principais desafios da  família atual?" Ouça os alunos com atenção.
À medida que forem falando, preencha a primeira coluna do  quadro. Em seguida afirme que muitos são os desafios da família e, por isso, precisamos da  sabedoria divina para vencê-los. logo após faça a segunda pergunta: "Como podemos vencer estes desafios?" Ouça as respostas e preencha a segunda coluna do  quadro. Esta atividade incentivará a participação ativa dos alunos e a sua aprendizagem

A FAMÍLIA NA ATUALIDADE

PRINCIPAIS DESAFIOS
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COMO PODEMOS VENCÊ-LOS
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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A família é a mais importante instituição criada por Deus para a sociedade. Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de tratar de  alguns temas
que são extremamente relevantes para que tenhamos uma vida familiar bem-sucedida. Nesta primeira lição estudaremos a instituição da família no  plano plano divino, bem como a  sua constituição ao longo dos anos. veremos também as consequências da Queda na vida familiar.

I. A FAMÍLIA NO PLANO  DIVINO
1. O propósito de Deus. Deus criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez  o  ser humano  para  viver na  solidão. Quando acabou de formar o homem, o Senhor disse: "Não  é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele"  (Gn  2.18). Este  texto bíblico nos mostra o primeiro objetivo de Deus ao criar a família. Fica evidente que a célula mater da sociedade foi criada a partir da necessidade humana  de  ter companhia. O propósito divino era  estabelecer uma instituição  que pudesse propiciar ao  ser humano abrigo e relacionamento. Atualmente temos visto e vivido um tempo de escassez na área dos relacionamentos. Estamos ficando cada vez mais superficiais, frios e distantes uns dos outros. Por se multiplicar a iniquidade o amor está esfriando (Mt 24.12). Por isso precisamos investir em nosso relacionamento familiar. Podemos dizer que o segundo propósito divino para a criação da família foi fazer dela um núcleo pelo qual as bênçãos do Senhor seriam espalhadas sobre toda a Terra (Gn 1.28).
2. Um  lugar de proteção e sustento. Um  Deus perfeito preparou um  lugar excelente para receber a primeira família. O Jardim do  Éden  era  um  local especial de acolhimento, proteção e provisão. Adão e  Eva  tinham tudo de  que precisavam para usufruir de  uma vida saudável e feliz (Gn 1.29). Eles desfrutavam da companhia de Deus e nada lhes faltava. O propósito do Senhor era  que cada família tivesse os recursos suficientes para sua subsistência, pois a escassez e as privações trazem conflitos para as famílias. Porém, com a ajuda do Pai Celeste estes conflitos podem ser sanados, pois o Senhor é o nosso bom Pastor (Sl 23). Deus deseja que cada família tenha a  sua provisão diária (Mt 6.11). E da mesma forma que Adão tinha a responsabilidade de  cuidar do  jardim (Gn 2.8), Deus deu a  você a  responsabilidade de zelar por sua família.
3. A primeira família. Deus formou Adão do  pó  da  terra (Gn 2.7). vendo que o homem não poderia viver sozinho, retirou uma costela de  Adão e  criou Eva,  sua companheira (Gn 2.22). Isto  mostra que diante do  todo-Poderoso homem e mulher são iguais na sua essência. Ambos vieram do  pó  da terra e um dia ao pó tornarão. Após criar a mulher o Senhor ordenou o casamento, estabelecendo então a mais importante instituição de uma sociedade: a família (Gn 2.24).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Deus criou a família com desígnios sublimes. O Criador não fez o ser humano para viver na solidão

II. A QUEDA  E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA
1. O ataque do Inimigo. Satanás levou a mulher a desobedecer à voz de  Deus. talvez, de modo suave e envolvente, ele tenha falado: "É assim que disse  Deus: Não  comereis de  toda a árvore do jardim?"  (Gn  3.1). Eva  confirmou a  ordem do   Senhor (Gn  3.2,3), mas cedeu à tentação do  Maligno. Este  a iludiu, seduziu e a fez  cair no  pecado da  desobediência (Gn 3.4,5), e Adão seguiu pelo mesmo caminho. O casal poderia ter recusado a sugestão do Diabo, mas não o fizeram, e depois de  pecarem, caíram na  condenação divina.
Isso nos mostra que a família, desde a sua instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo. Satanás fez de tudo para que o propósito de Deus para as famílias fosse destruído. Porém, Deus é soberano e Senhor, e  seus propósitos jamais serão frustrados (Jó 42.2). Da semente da mulher nasceria o Messias, aquEle que esmagaria Satanás (Gn 3.15). O propósito do  Inimigo é matar, roubar e destruir, mas Jesus veio ao mundo para destruir os intentos do Maligno (Jo 10.10).
2. Os resultados da  Queda no relacionamento familiar. Qual   é  a  origem dos males que atacam a família? O pecado. A vida familiar de Adão e Eva era  perfeita, porém o pecado trouxe a disfunção para o  seio da  família. Depois da Queda podemos ver  sentimentos como o medo, a culpa e a vergonha, perturbando a convivência do casal (Gn 3.8-12). O pecado sempre faz o relacionamento familiar adoecer. Há muitos lares doentes, onde a família deixou há muito tempo de ser um  local de acolhimento, proteção e cuidado devido aos pecados não confessados e  não abandonados. Essas transgressões causam culpa e separam as famílias da comunhão com Deus.
3. A vida familiar depois da Queda. O pecado de um  único homem trouxe consequências terríveis para toda a humanidade. Depois da Queda a  vida familiar já  não seria mais a mesma. A mulher teria filhos com muita dor (Gn  3.16) e  o  seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu marido. Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois o trabalho de arar a terra para ter sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3.17). A terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18). A morte física também é uma consequência da transgressão do  homem (Gn 3.19). Deus ama o pecador, mas não tolera o pecado. Como punição pela desobediência, Adão e Eva, foram expulsos do Jardim do Éden (Gn 3.20-24). A vida no  Jardim, antes da  Queda pode ser comparada à  vida eterna que um dia desfrutaremos no céu. tudo era  bom, pois foi  tudo pensado, planejado e criado por um Deus que preza pela excelência. Se tivessem permanecido na obediência, Adão e Eva teriam sido felizes para todo o sempre. todavia,  Jesus Cristo veio ao mundo para resgatar as famílias da maldição do pecado. Cristo se fez pecado por nós, e na cruz levou as nossas iniquidades sobre si (Is 53.4). Isso nos mostra o quanto Deus deseja abençoar nossas famílias.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A família, desde  a  sua instituição, foi  alvo  dos ataques do Inimigo. Satanás fez  de tudo para que o propósito de  Deus para as famílias fosse destruído.

III. A CONSTITUIÇãO FAMILIAR AO LONGO DOS  SÉCULOS
1. Família patriarcal. O modelo familiar com o  passar dos tempos está sujeito a mudanças. Já tivemos a família patriarcal, monogâmica, consanguínea, etc, todavia isso não altera o valor, a importância da família. A família patriarcal é um exemplo familiar onde é permitido ao  homem ter diversas esposas. Este modelo é visto em todo Antigo testamento, mas não era  o molde determinado  pelo Senhor. Deus o  tolerou, porém esta nunca foi  a sua vontade. No modelo de  família patriarcal o pai  (pater) era  visto como o senhor da casa e da família. As esposas e os filhos não tinham liberdade de escolha, pois a palavra final  era  sempre do patriarca.
2. A  família nuclear (monogâmica). Este  foi o modelo idealizado pelo Senhor: Um homem e  uma mulher, unidos pelo matrimônio. A poligamia vai contra o  princípio divino do  marido e da  esposa ser uma só carne (Gn 2.24; Mt 19.5).
3. A família na atualidade. A família está inserida dentro de um  contexto social, e portanto, sujeita a mudanças. Porém, os princípios divinos para as famílias  são eternos e  imutáveis  (Mt 24.35). Os  inimigos e  desafios enfrentados  pelas  famílias na atualidade são muitos, todavia queremos destacar apenas os espirituais. vejamos os principais inimigos da família na atualidade:
a) A carne. Aqui, referimo-nos à  "carne" como a  natureza carnal que se opõe ao  Espírito Santo e volta-se para tudo o que é contrário à vontade de  Deus. Sabemos que há  uma luta constante entre essas duas naturezas: a carnal e a espiritual. O apóstolo Paulo experimentou tal luta (Rm 7.15-24). Ela é tão intensa, que pode nos fazer pensar que não há como sair vencedor (Rm 7.24). Mas  Deus, em  Cristo Jesus, nos dá  a solução. Ele nos livra  "do pecado e da  morte" (Rm 8.1,2). O apóstolo Paulo nos adverte: "Andai em   Espírito  e  não cumprireis a concupiscência da carne" (Gl 5.16). A família cristã precisa, na direção do  Espírito, combater  a  natureza carnal. Assim, evitará o adultério, os vícios e  todas as mazelas que visam destruí-la.
b) O mundo. Diz-nos o apóstolo do  amor: "Não ameis o mundo,  nem o que no mundo há.  Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele"  (1 Jo 2.15). Quanto a este ponto não há  meio-termo: ou  amamos a Deus ou  amamos o mundo. Não há a mínima possibilidade de servimos a dois senhores (Mt 6.24). Saiba, pois, que existe vitória para quem escolher amar a Deus. E Ele dará vitória à nossa família a partir da  fé que depositarmos nEle (1 Jo 5.4).
c) O Diabo. A Palavra de  Deus nos ensina uma única forma de vencermos o Maligno: "Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (tg 4.7). Se a família sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo, este fugirá, pois o segredo da nossa vitória contra Satanás começa com a  nossa submissão a  Deus, para que depois, sim, possamos resistir ao Diabo. E quando resistirmos ao adversário, não nos esqueçamos de  usar a "armadura de  Deus"  (Ef 6.10-17), em especial, "o escudo da fé", com o qual poderemos "apagar todos os dardos inflamados do maligno" (Ef 6.16). A família cristã precisa verdadeiramente crer naquEle que a  criou e  usar a  sua Palavra para direcionar suas tomadas de decisões e sua vida espiritual.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Os  três maiores desafios espirituais da família são: o mundo, a carne e o Diabo.

CONCLUSÃO
Nunca a família foi tão desafiada pelas forças do  mal  como hoje. Porém, é na  presença do Senhor que a  familia garantirá a  vitória sobre  os desafios da sociedade atual. Busquemos ao Senhor juntamente com toda a nossa casa.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Bibliológico
"Criado para relacionamentos
[...] A Bíblia começa nos dizendo  que Deus em  afinidade - Pai, Filho   e  Espírito Santo -  criou o homem e  a  mulher para uma vida de  relacionamentos mútuos e com Ele (Gn 1.16,17). Ambos refletem a glória de  Deus. O homem foi  criado  primeiro (Gn 2.7), seguido pela mulher, que foi  tirada do  homem (Gn  2.21-23). A mulher foi  criada, porque Deus declarou: 'Não é bom que o  homem esteja só;  far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele [ou  seja, uma auxiliadora para satisfazer-lhe as necessidades]' (Gn 2.18).
Mas  que necessidade tinha Adão e com a qual não podia lidar no  utópico Éden  com seu ecossistema perfeitamente equilibrado e a atmosfera livre  de substâncias tóxicas?  Solidão! Solidão foi  a primeira emoção que Adão teve com a qual não podia lidar [...].
Ainda que  no  frescor do   dia Deus viesse conversar com Adão, este precisava de  alguém como ele mesmo - outro ser humano -, com quem pudesse se comunicar durante o dia. A mulher não foi criada para ser objeto sexual. Antes, foi criada para ser ouvinte incentivadora e comunicadora dinâmica. Era tão fundamental esse relacionamento, que o casal recentemente formado foi  instruído a  ensinar seus filhos a  deixar pai   e  mãe e  apegar-se aos seus respectivos cônjuges (Gn 2.24)" (CARlSON,  Raymond et al. Pastor  Pentecostal:  Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed.  Rio  de Janeiro: CPAD, 2005, pp.35-6).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Bibliológico
"O propósito ou missão do casamento, como Deus Designou
Em um mundo onde tudo está se tornando relativo e a felicidade se faz  um  fim em  si mesma, é importante reafirmar que o casamento foi ideia de  Deus, desde o início, e Ele o criou para cumprir os seus propósitos, que podem ser resumidos da  seguinte maneira:
Oferecer glória a Deus. Não  há nada cristão que não se destine a glorificar a Deus. Na verdade, o casamento é uma instituição social da  qual evoluíram todas outras estruturas sociais. É importante apreciar a missão do  casamento como um  meio para honrar a Deus e oferecer louvores ao  seu nome [...].
Propiciar companhia para o outro. Um dos propósitos fundamentais do  casamento é a companhia [...] (Gn 2.18; Sl 68.8).
Servir, um ao  outro. Não  somente não era  bom que o homem estivesse só, mas ele  precisava de  uma auxiliar. A intenção do  casamento é criar companheiros que satisfaçam as necessidades, um  do outro. Cada cônjuge tem necessidades que Deus deseja que sejam satisfeitas no  casamento [...].
Procriar uma  descendência devota.  A função de  procriação estava no  centro do  propósito de  Deus, quando criou o  primeiro homem e a primeira mulher. Ele lhes ordenou que fossem frutíferos que se multiplicassem e povoassem a terra - algo que nós fizemos muito bem. Mas a missão bíblica de  ter filhos vai além do  ato físico de  ter bebês. Ela pede que as crianças tenham uma criação devota, e o casamento cristão cria  a atmosfera ideal, amorosa e carinhosa, para se fazer isso.
Criar a unidade básica de trabalho e serviço. Os casais cristãos devem servir a Deus juntos, criar filhos devotos, manter a casa e servir na  igreja e  na  comunidade [...]"  (ADEI, Dr. Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.108-09).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família Precisa.  1.ed. Rio de  Janeiro: CPAD, 2009.
SOUZA, Estevam Ângelo. ... e fez Deus a família: O padrão divino para um lar  feliz. 1.ed. Rio  de Janeiro: CPAD, 1999.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 54, p.36.

EXERCÍCIOS
1. Qual   o  propósito de  Deus ao criar a família?
R. O propósito divino era  estabelecer uma instituição que pudesse propiciar ao  ser humano abrigo e relacionamento
2. O  que o  Jardim do  Éden  era para a primeira família?
R. Um local especial de  acolhimento, proteção e provisão.
3. Qual  é a origem dos  males que atacam as  famílias?
R. O pecado.
4. Cite  as consequências do pecado para a mulher e para a terra.
R. A mulher teria filhos com muita dor (Gn 3.16) e o seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu marido. A terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18).
5. De  acordo com a  lição, quais são  os principais inimigos espirituais da  família na  atualidade?
R. A carne, o mundo e o Diabo.