segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Lição 5 - Um Homem de Deus em Depressão



3 de Fevereiro de 2013

Um Homem de Deus 
em Depressão

TEXTO ÁUREO
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos"
(2 Co 4.8,9).

VERDADE PRÁTICA
Os conflitos de Elias o levaram a enfrentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar.

HINOS SUGERIDOS 140, 193, 383

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tg 5.18 Elias, um homem spiritual
Terça - Tg 5.17 Elias, um homem sentimental
Quarta - 1 Rs 19.3 Elias, um homem em fuga
Quinta - 1 Rs 19.4  Elias, um homem em isolamento
Sexta - 1 Rs 19.4,5,6 Elias, um homem em autocomiseração
Sábado - 1 Rs 19.7 Elias, um homem sob os cuidados divinos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 19.2-8

Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro 
tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de 
Judá, e deixou ali o seu moço.
E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e 
pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não 
sou melhor do que meus pais.
E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: 
Levanta-te e come.
E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; 
e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui 
comprido te será o caminho.
Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias 
e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.


INTERAÇÃO
No ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. É como se o seguidor de Jesus vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e "protegido" de qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras falam claramente das fragilidades humanas e descreve-as na vida dos maiores "gigantes espirituais". A história da Igreja mostra-nos baluartes dos movimentos de despertamentos e avivamentos espirituais - nos séculos XVIII e XIX - que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de usá-los por isso. Era o caso de David Brainerd, missionário norte-americano; John Bunyan, profícuo escritor cristão e pregador britânico; William Cowper, poeta e compositor britânico.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender a humanidade do profeta Elias.
* Identificar as causas e sintomas da depressão de Elias.
* Detalhar o tratamento de Deus à depressão de Elias.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição dessa semana conceitue a depressão, suas causas e sintomas. (1) Depressão - é um transtorno psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das substâncias químicas no cérebro. Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. (2) Causas e Sintomas - genético, tipo de estilo de vida, alimentação, estresse e problemas de ordem pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isolamento social, comportamento autodestrutivo, tentativa de suicídio, delírios, etc. Essa é apenas uma sugestão para auxiliar na  preparação de sua aula. Não deixe, pois, de fazer a sua pesquisa. Use livros, revistas, internet, etc. As possibilidades são muitas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Muitas vezes ficamos tão fascinados com o registro bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos! Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas. Todavia, a Escritura mostra os homens de Deus como de fato são - homens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e ousados - mas ainda assim humanos. Com Elias também foi assim. Ele foi um profeta que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na vida do profeta de Tisbe todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda divina.

I.  ELIAS – UM HOMEM COMO OS OUTROS
1. Um homem espiritual. Elias era um homem espiritual e vários fatos narrados nas Escrituras atestam essa verdade. Primeiramente, vemos Elias como um profeta profundamente envolvido com a Palavra de Deus: "E que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas" (1 Rs 18.36). Em segundo lugar, o profeta de Tisbe possuía uma profunda vida devocional. Ele era um homem de oração: "E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes" (1 Rs 18.42,43).  Elias conhecia os infinitos recursos da oração!
2. Um homem sentimental. Mas Elias não era apenas um homem espiritual, ele também era sentimental. O apóstolo Tiago afirma que: "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). Tiago diz duas coisas importantíssimas sobre Elias que nós parecemos esquecer: primeiramente "Elias era homem". Elias foi um gigante espiritual, mas era homem! Não era um anjo! Em segundo lugar, Elias possuía "as mesmas paixões". Elias não era apenas espiritual, era também sentimental! Alegrava-se, mas também entristecia-se! Talvez o que distingue Elias dos demais mortais é que ele não maquiava seus sentimentos. Ele os punha para fora.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intempéries da vida.

II. AS CAUSAS DOS CONFLITOS DE ELIAS
1. Decepção. O capítulo 18 do Primeiro Livro de Reis narra a fantástica vitória que o profeta Elias obtivera sobre os profetas de Baal. O Senhor havia respondido a oração do seu servo, enviando fogo do céu em resposta à sua oração (1 Rs 18.38). O que Elias esperava em resposta a esse avivamento era um total quebrantamento do povo, incluindo a casa real. Todavia, o avivamento não alcançou as proporções desejadas. A casa de Acabe ficou insensível. Jezabel mandou dizer a Elias, em tom de ameaça: "Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles" (1 Rs 19.2). Parece que a vitória havia se convertido em derrota! Sem dúvida, Elias havia ficado decepcionado, não com o seu Deus, mas com o príncipe de seu povo!
2. Medo. Diante da ameaça de morte sentenciada pela rainha Jezabel, a reação de Elias foi imediata: "O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço" (1 Rs 19.3). Elias teve medo e fugiu! O homem que havia confrontado Acabe e os falsos profetas de Baal e Aserá, agora fugia temendo morrer pela mão de uma mulher! Não devemos esquecer que Elias era um homem semelhante a nós e sujeito aos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Os gigantes também possuem seus momentos de fraqueza!  Não há dúvidas que aqui os sentimentos falaram mais alto do que a fé!
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS
1. Fuga e isolamento. O texto sagrado destaca a fuga do profeta Elias (1 Rs 19.3).  O homem de Deus que havia enfrentado situações tão adversas, agora se vê impotente diante das ameaças de uma rainha pagã. Ele se viu sem escapatória diante dessa nova situação e temeu por sua vida. Humanamente falando era ficar e morrer. Devemos observar que o Senhor não recriminou Elias por isso; nós também não devemos fazê-lo. Por outro lado, Elias não apenas fugiu; ele também se isolou. "E ele se foi ao deserto" (1 Rs 19.4). Essa é a marca de uma pessoa deprimida - ela busca o isolamento. Somos seres sociais e como tais, não podemos viver no isolamento.
2. Autopiedade e desejo de morrer. Vemos ainda as marcas do comportamento depressivo do profeta na sua atitude de autopiedade - um termo sinônimo para autocomiseração, cunhado pelos psicólogos. Elias achava que somente ele ficara como um servo fiel do Senhor: "Eu fiquei só" (1 Rs 19.10). Ele achava ainda que todos haviam apostatado ou abandonado a fé. Não havia mais fiéis, somente ele. Como o texto deixa claro, isso era ver a realidade de forma distorcida. Deus possuía ainda seus sete mil (1 Rs 19.18). Mas Elias foi mais além - ele agora queria morrer: "e pediu em seu ânimo a morte" (1 Rs 19.4). Os psicólogos observam que este é o sintoma de uma pessoa com depressão profunda. Ela perde o encanto pela vida. Elias, portanto, precisava urgentemente da ajuda do Senhor.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Algumas características que podem descrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e desejo de morrer.

IV. O SOCORRO DIVINO
1. Provisão física. O socorro do Senhor chegou até o profeta na forma de provisão física e material: "E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come" (1 Rs 19.5). Os psicólogos veem aqui um dos sintomas da depressão de Elias - a inapetência ou alteração dos hábitos alimentares. Nesse estado, a pessoa pode não querer comer como também pode possuir um apetite exagerado. Em ambos os casos é necessário o auxilio de terceiros. No caso do profeta, o anjo do Senhor é quem o auxilia providenciando-lhe alimento. Ele precisava alimentar-se e Deus fez com que isso fosse providenciado: "E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se" (1 Rs 19.6).
2. Provisão espiritual. Elias alimentou-se de pão e água - elementos de natureza material. Todavia, a forma e o instrumento usado por Deus para fazê-los chegar até ao profeta eram de natureza espiritual. Como já vimos, o texto sagrado diz que um anjo do Senhor foi quem providenciou aqueles víveres para o profeta (1 Rs 19.5,6).  Mas não foi apenas um anjo que prestou auxilio ao profeta; o próprio Deus a quem Elias servia o conduziu durante todo o tempo. A própria ida de Elias ao monte Horebe fez parte dessa terapia. Ali, Elias seria revitalizado não apenas na sua vida espiritual, mas também na sua vida emocional (1 Rs 19.8-15).
SINÓPSE DO TÓPICO (4) O socorre divino trouxe provisão física e espiritual ao profeta Elias.

CONCLUSÃO
Acabamos de observar que os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais. Todavia, é perceptível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado - ele não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão limitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salmos: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Sl 46.1).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"[Uma Resposta de Deus a Elias]
Em um determinado ponto da história, Elias, totalmente triste, disse: 'E eu fiquei só', achando que era o único israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de Deus (1 Rs19.14). O Senhor repreende-o e afirma: 'Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal' (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo cita essa história, com queixa de Elias e a repreensão do Senhor, e acrescenta logo depois: 'Assim, pois, também agora neste tempo ficou em resto, segundo a eleição da graça' (Rm 11.5).
Por que Deus é tão gracioso que nos escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na consagração do Templo, Salomão ora para que Deus abençoe seu povo: 'Para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus e que não há outro' (1 Rs 8.60).
[...] Deus chama um povo para ser seu para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é a estrada para frente e para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa, leva apenas ao declínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas escolhas, mesmo hoje, caminhem nessa direção" (DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: 2008, p.322).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Devocional
"Distúrbios psicossomáticos 
A revista Isto É, em sua edição número 2004 [...] faz uma análise do poder das emoções e os males que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É, trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser seguido para atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele envia sinais elétricos, recebidos por fibras nervosas presentes no tecido cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o ritmo cardíaco. A outra via é química. Seu principal agente são os hormônios, como a adrenalina, por exemplo, secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após receber as ordens do hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao coração.
Quando as pessoas têm raiva, irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte: as glândulas adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e provoca:
- Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. - Maior produção de fatores pró-coagulante, deixando o corpo mais vunerável à formação de coágulos que podem entupir as artérias.
- Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos vasos. Ele produz substâncias que ajudam na dilatação das artérias e outras envolvidas em processos inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento dos vasos e produção de compostos inflamatórios.
- Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a frequência cardíaca.
- Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às várias doenças.
- A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua vulnerabilidade. Se não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.
Tudo isso aumenta as chances de infarto em portadores de fatores de risco, como alto colesterol e hipertensão.
Enfim, as emoções prejudicam terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a pele, as vias respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.
[...] A melhor prevenção de doenças é ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com tranquilidade e paz. É vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade" (FERREIRA, Israel Alves. 1. ed. As emoções de um líder: Como administrar corretamente as suas emoções. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 117-18).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SEAMANDS, Stephen. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.38.

EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que deve ser destacado sobre o lado humano de Elias?
R. Como homem, Elias possuía sentimentos, não somente se alegrava, mas também se entristecia.
2. Cite pelo menos duas causas da depressão de Elias.
R. Decepção e medo.
3. Além de "fuga" e "isolamento", quais foram as outras consequências da depressão de Elias?
R. Autopiedade e desejo de morrer.
4. De que forma o Senhor mostrou o seu cuidado para com o profeta Elias? 
R. Provendo recursos materiais e espirituais.
5. Que forma de auxílio diferenciado o servo de Deus conta?
R. Ele não está sozinho neste mundo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Lição 4 - Elias e os Profetas de Baal



27 de Janeiro de 2013

Elias e os Profetas de Baal

TEXTO ÁUREO
"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada"
(1 Rs 18.21).

VERDADE PRÁTICA
O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.

HINOS SUGERIDOS 124, 342, 454

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Rs 1.2,3 Rejeitando os falsos deuses
Terça – 1 Rs 18.19 Rejeitando os falsos profetas
Quarta – 2 Rs 10.11 Rejeitando os falsos sacerdotes
Quinta – Êx 12.38 Rejeitando o sincretismo religioso
Sexta –1 Rs 18.21 Rejeitando a falsa adoração
Sábado –1 Rs 18.24 Promovendo a verdadeira adoração

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.36-40

36 Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó 
SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, 
e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
37 Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.
38 Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda 
lambeu a água que estava no rego.
39 O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o SENHOR é Deus! Só o 
SENHOR é Deus!
40 E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.


INTERAÇÃO
Não são poucos os falsos profetas que tentam atormentar a vida daqueles que servem a Jesus. O pior é que estes em geral conhecem os sentimentos e as fragilidades espirituais dos que os ouvem, e não perdem a oportunidade de lembrá-los de que tem autoridade para determinar-lhes a "vontade divina". Prezado professor, não são poucos os casos com que nos deparamos com esse tipo de pessoa, por isso, oriente seus alunos quanto a esse perigo. Encoraje-os a não temerem os falsos profetas. A ordem de Jesus para nós em relação a estes enganadores é: "Acautelai-vos".

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
* Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
* Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo de acordo com as suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos, pois, verdadeiros adoradores!

CARACTERÍSTICAS DA ADORAÇÃO
VERDADEIRA
• Produz verdade;
• Produz sinceridade;
• Produz sentimento nobre;
• Produz arrependimento;
• Produz bom caráter;
• Produz entrega e voluntariedade.
FALSA
• Produz mentira;
• Produz dissimulação;
• Produz sentimento egoísta;
• Produz espetáculo;
• Produz um mau caráter;
• Produz avareza e ganância..


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica.  Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade. Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.

I.CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES
1. Conhecendo o falso deus Baal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor. Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25,26).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).

II.CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS
1. Profetizavam sob encomenda. Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).
2. Eram mais numerosos. Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda.

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO
1. Em que ela imita a verdadeira.  O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo! Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)
2. No que ela se diferencia da verdadeira. A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: "E que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.

IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
 1. O perigo do sincretismo religioso. O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como "a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais". Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da "mistura" do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!
2. A resposta divina ao sincretismo. O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: "Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou" (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).
SINÓPSE DO TÓPICO (4) O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.

CONCLUSÃO
O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza. A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Teológico
"O fruto  é discernido espiritualmente
Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos instruíram a 'provar' ou 'julgar' os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: 'Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais' (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...]Nos dias de Jesus existiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens' (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)" (BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.166).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.38.

EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de Deus.
4. Defina "sincretismo".
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais
5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Lição 3 - A Longa Seca Sobre Israel



20 de Janeiro de 2013



TEXTO ÁUREO
"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra"
(2 Cr 7.14).

VERDADE PRÁTICA
 A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.

HINOS SUGERIDOS 236, 360, 523

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Rs 18.21 O que motivou a estiagem
Terça – 1 Rs 18.2 As consequências da estiagem
Quarta – 1 Rs 18.39 As lições deixadas pela estiagem
Quinta – 17.4; 18.13 As provisões de Deus durante a estiagem
Sexta – 1 Rs 17.1; 18.1 O lugar da profecia na estiagem
Sábado – Tg 5.17,18 A soberania de Deus na estiagem

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.1-8

E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, 
dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
E Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,
porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem 
profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e 
água.)
E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser 
que achemos erva, para que em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados 
dos animais.
E repartiram entre si a terra, para passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e 
Obadias também foi à parte por outro caminho.
Estando, pois, Obadias já em caminho, eis que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, 
prostrou-se sobre o seu rosto e disse: És tu o meu senhor Elias?
E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu senhor: Eis que aqui está Elias.


INTERAÇÃO
"Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe - ARA]". Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: "Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR." A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em canção: Restaura-nos "como as torrentes no Neguebe (ARA)". Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e transformar o nosso "deserto" em jardim florido.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o porquê da longa estiagem.
* Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.
* Conscientizar-se de que Deus é soberano.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1) conceito;  (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo, já a seca é permanente.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: "Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.

I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar a nação. O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: "Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o" (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as'iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo.  Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
2. Revelar a divindade verdadeira. Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Havia dois motivos majoritários para o porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.

II. OS EFEITOS DA SECA
1. Escassez e fome. A Escritura afirma que "a fome era extrema em Samaria" (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!
2. Endurecimento ou arrependimento. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: "O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: "[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 3.7,8).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Numa esfera material a seca provocou escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo e endurecimento para os nobres

III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1. Provisão pessoal. Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: "Vai-te daqui" (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: "Esconde-te junto ao ribeiro de Querite" (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: "Os corvos lhe traziam pão e carne" (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!
2. Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: "Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água" (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: "Eu fiz ficar em Israel sete mil" (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o pão diário
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Deus mandou provisão para os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.

IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1. A majestade divina. Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: "Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou" (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
2. O pecado tem o seu custo. Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: "Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins" (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A estiagem em Israel deixou duas grandes lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra a sua conta.

CONCLUSÃO
A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado. A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
"Regiões geográficas da palestina  
O terreno da Terra Santa é bastante variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para região. A principal característica do relevo da Terra Santa e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental - Cisjordânia - e a oriental - a Transjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja necessária uma descida de mais de 915 metros. Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos. Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o clima (Dt 1.7; Js 10.40; 11.16; Jz 1.9 etc.)" (AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). Atlas Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.14).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico
"Acabe de Israel
O ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da influência do reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional - graças à severa política de seu pai - mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual. Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que ambos coexistissem na mesma região.

O ministério de Elias
Ao invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais fascinantes e misteriosos personagens bíblicos - Elias, o profeta - para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando contra seus pecados e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses. Após todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro Deus, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos.

As invasões de Ben-Hadade 
A razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas pode-se deduzir que este rei não se agradava da amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da assíria. Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força" (MERRIL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.366-68).

VOCABULÁRIO
Climático: Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão e ventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). Atlas Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.MERRIL.
Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.37.

EXERCÍCIOS
1.  De acordo com a lição, como a seca contribuiu para a execução do plano de Deus?  
R. Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2. Cite duas consequências imediatas advindas com a seca.
R. Fome e escassez.
3. De que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?  
R. Trazendo provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondidos por Obadias.
4. O que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
R.Que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.
5.Quais lições se podem aprender através da seca em Israel?
R. Resposta pessoal.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

EXTRA, EXTRA: Pr. Yousef Nadarkhani foi libertado da prisão!


Em setembro de 2012, o pastor Yousef Nadarkhani foi absolvido da acusação de apostasia que poderia condená-lo à morte; mas recebeu uma sentença de três anos de prisão por evangelizar muçulmanos. Uma vez que ele já havia passado cerca de três anos preso em Lakan, Rasht, aguardando o julgamento e sua decisão, o pastor foi liberado imediatamente após pagar fiança.

No entanto, em 25 de dezembro, noite de Natal, durante uma ação irregular, Yousef foi novamente detido por ordens de autoridades da prisão, que afirmaram que o cristão havia sido liberado cedo demais devido à insistência de seu advogado, Mohammed Ali Dadkhah.

Dadkhah, um proeminente advogado de direitos humanos, foi posteriormente condenado a dez anos de prisão e destituído de suas funções na Ordem dos Advogados do Irã, em setembro de 2012, por promover "ações e propaganda contra o regime islâmico" e manter livros subversivos em sua casa. Ele também foi proibido de praticar ou ensinar a lei por dez anos.

Atualmente, Dadkhah está detido na prisão de Evin, em Teerã. Relatórios sobre a detenção informaram que sua saúde está terrivelmente debilitada; ele vem sofrendo perda de memória e vive sob a pressão de confessar uma culpa que não lhe cabe.

O chefe executivo da CSW, Mervyn Thomas, declarou: "Estamos satisfeitos em saber da libertação do pastor Yousef. Mas, ao mesmo tempo em que nós agradecemos por esta notícia tão boa, continuamos preocupados com tantos outros cristãos que, assim como Nadarkhani e Dadkhah, foram detidos injustamente. E sempre há o risco de uma nova detenção. Nós também ficamos apreensivos ao saber da condição de saúde de Dadkhah e responsabilizamos o regime iraniano pela deterioração de sua saúde. Além disso, as tentativas oficiais para justificar a sua prisão tentando coagi-lo a prestar uma confissão ao vivo para a TV é mais uma indicação clara de que as acusações contra ele eram falsas.”

Agradeça ao Senhor pela volta de Yousef para casa e não deixe de interceder pela libertação de seu advogado e melhora em sua saúde. Ore também para que o governo iraniano defenda o Estado de direito e permita que as minorias religiosas do país desfrutem a liberdade religiosa garantida pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, do qual o Irã é signatário.

http://www.portasabertas.org.br

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Perseguição contra os cristãos no Irã cresce com nova detenção de Nadarkhani


Perseguição contra os cristãos no Irã cresce com nova detenção de Nadarkhani

Yousef Nadarkhani foi preso novamente no dia de Natal


Perseguição contra os cristãos no Irã cresce com nova detenção de Nadarkhani
O Irã está colocando mais pressão sobre os cristãos. Nos últimos dias, o governo exigiu detalhes pessoais de membros de uma igreja em Teerã.

"As pessoas achavam que talvez cem ou mais viriam para a frente, e mais de 700 se aproximou, deram seus nomes e endereços e disse: 'Aqui estamos nós. Aqui é onde nós estamos", disse um trabalhador da Operação Mobilização focada no Irã.

A República Islâmica do Irã ocupa a 5ª posição na lista de países que mais perseguem cristãos no mundo. Segundo a lei do Irã, aquele de origem muçulmana que se torna um seguidor de Cristo enfrenta a pena de morte.

O trabalhador OM disse para "os muçulmanos que seguem Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, muitas vezes há enormes obstáculos e problemas ... eles vão perder os seus empregos, as suas contas bancárias estão congelados, e em geral, a vida se torna muito difícil."

Tome Pastor Youcef Nadarkhani, por exemplo.

Em 2009, Nadarkhani foi preso por protestar contra a doutrinação islâmica no sistema escolar de seus filhos. Ele serviu quase três anos na prisão, recusando-se as múltiplas oportunidades para renegar sua fé. Apesar de uma ordem de execução assinada em fevereiro, o pastor foi absolvido da acusação de apostasia e lançado sete meses depois.

Nadarkhani foi preso novamente no dia de Natal. Funcionários afirmaram que ele deve terminar o restante de sua sentença, aproximadamente 45 dias. Em setembro, a Justiça havia afirmado que Nadarkhani poderia terminar o seu tempo restante em liberdade condicional.

"Não existe liberdade de religião [no Irã]," o trabalhador OM explicou. "Não houve reconhecimento básico dos direitos humanos, liberdade de consciência, e a liberdade de praticar a sua fé, especialmente se você é um muçulmano que decide que você quer acreditar em Jesus Cristo."

Christian Solidarity Worldwide (CSW) relata que dezembro marca uma repressão tradicional sobre os cristãos por parte do regime iraniano. Após prisão de Nadarkhani no dia de Natal, cerca de 50 crentes foram presos em uma casa de Teerã, dois dias depois. A CSW diz que a maioria foram liberados após entregarem celulares, contatos completos, e senhas de e-mails e sites de redes sociais.

Apesar de uma miríade de desafios, os crentes continuam firmes.

Há uma resistência entre os iranianos que querem seguir a Cristo, disse o trabalhador, "uma espécie de como a história do homem que vendeu tudo em ordem para obter esse tesouro enterrado sob a terra.

"Eles valorizam o precioso tesouro que encontraram, eles estão dispostos a perder tudo por causa ... de encontrar Cristo."

O que você pode fazer para ajudá-los?

"Simplesmente orando pela igreja. É uma das formas mais significativas que podem estar com eles", disse o trabalhador OM.

"A outra forma que pode ajudar é através da advocacia Escreva para a embaixada iraniana, escreva para o governo. Cristãos iranianos devem adorar, praticar sua fé sem medo de perseguição".


Fonte: Charisma News/CPADNEWS

Lição 2 - Elias, o Tisbita


Lição 2
13 de Janeiro de 2013

Elias, o Tisbita

TEXTO ÁUREO
"E ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita"  (2 Rs 1.7,8). 

VERDADE PRÁTICA
A vida de Elias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.

HINOS SUGERIDOS 84, 336, 340

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Rs 18.36 O Deus de Elias
Terça – 1 Rs 18.41-45 A fé de Elias
Quarta – 1 Rs 17.1 A vocação de Elias
Quinta – 2 Rs 9.35,36 A natureza do ministério de Elias
Sexta – 1 Rs 18.18 A função social do profeta Elias
Sábado – Mt 17.10-13 O lugar de Elias nas Escrituras

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 17.1-7
Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR, Deus de 
Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão 
segundo a minha palavra.
Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está 
diante do Jordão.
E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de 
Querite, que está diante do Jordão.
E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do 
ribeiro.
E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.

INTERAÇÃO
Sobre o chamado de Elias - como ele se deu (onde e quando)  - as Escrituras silenciam. Em contrapartida, a Bíblia mostra um Elias ousado, temente a Deus e pronto para realizar a vontade divina. Isso é fruto de uma verdadeira vocação divina. O verdadeiro chamado nasce no coração. Ele arde como chama interior. Porém, se desenvolve para muito além do recôndito da alma. O chamado de Deus na vida de uma pessoa também floresce publicamente. Vai além da família e da igreja local. Esse chamado que inunda à alma, a igreja reconhece, a liderança confirma e Deus usa. Afinal de contas, qual é o seu chamado?

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Descrever a vocação e a chamada de Elias.
* Compreender como se deu a atuação do profeta Elias.
* Destacar o papel de Elias junto a monarquia e nas Escrituras.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a lição desta semana, sugerimos uma atividade prática. Você vai precisar de papel ofício e caneta. Distribua-os à classe. Em seguida solicite a cada aluno para que escreva o que mais gostam de fazer na vida. Logo após, pergunte se o que apontaram tem haver com o chamado pessoal de Deus. Conclua a atividade explicando o quanto eles precisam considerar o chamado do Eterno nas esferas de suas vidas. Afirme que tal chamado pode ou não se dar na esfera eclesiástica, mas também na "secular".

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos mais detalhadamente os fatos relacionados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a identidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisbita, dos moradores de Gileade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um grande espaço na história bíblica posterior. Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.

I. A IDENTIDADE DE ELIAS
1. Sua terra e sua gente. O relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: "Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade" (1 Rs 17.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.17; 2 Rs 1.3,8; 9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa! Davi, Pedro, Paulo, também construíram uma história cheia de sentido e significância. Todos nós deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para a posteridade.
2. Sua fé e seu Deus. O nome do profeta Elias já revela algo de sua identidade, pois significa Javé é o meu Deus ou ainda Javé é Deus. Elias era um israelita e como tal professava sua fé no Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo. Com o desenrolar dos fatos vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: "Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). Deus era o Senhor dos patriarcas; da nação de Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus!Assim como Elias, o crente deve saber de forma precisa quem é seu Deus para que dessa forma possa  ter uma fé viva e não vacilante.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Elias era oriundo de Tisbe, lugarejo a leste do Rio Jordão. Seu nome significa "Javé é o meu Deus".

II. O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE ELIAS
1. Sua vocação e chamada. A vocação e chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: "Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou" (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma. De uma forma geral todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.
2. A natureza do seu ministério. A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs 9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual. De nada adianta possuir um ministério marcado pela popularidade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A inspiração e a autoridade encontradas em Elias denotam a natureza divina do seu ministério.

III. ELIAS E A MONARQUIA
1. Buscando a justiça. Na história do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus. Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muito clara (1 Rs 21.1-16). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!
2. A restauração do culto. Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 18.30).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Elias denunciou que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Senhor.

IV. ELIAS E A LITERATURA BÍBLICA
1. No Antigo Testamento. Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Elias.  O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico. Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes "do grande e terrível dia do Senhor" (Ml 4.5).
 2. No Novo Testamento. Em o Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés falavam com o Salvador acerca da sua "partida" (Mt 17.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc 6.15; 8.28).
SINÓPSE DO TÓPICO (4)Com Elias, o Antigo Testamento destaca o desenvolvimento da tradição profética no regime monárquico.

CONCLUSÃO
Os comentaristas bíblicos observam que os capítulos 17-22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mostram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação da ira divina. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pecado e suas consequências.  Fomos alcançados por essa graça!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Sociológico
"A Profecia entre os Hebreus
Dos nomes hebreus aplicados aos profetas como representantes de um movimento espiritual em Israel, o termo nabhi' foi, sem dúvida alguma, o mais largamente usado. Originalmente pensava-se que era derivado de uma raiz indicando um 'orador', mas agora é sabido que seu significado básico é 'chamar'. O nabhi' era, portanto, um indivíduo que tinha sido chamado por Deus para algum propósito específico, e que assim mantinha um relacionamento espiritual em particular com Ele. O profeta era essencialmente uma figura carismática, autorizado a falar aos israelitas em nome do seu Deus. Antes da época de Samuel, tais indivíduos eram geralmente designados como um 'homem de Deus', e na mesma época de Saul e Davi essa expressão era aparentemente sinônimo de nabhi'. As declarações dos profetas hebreus eram consequência direta de seu relacionamento espiritual com Deus, e, em essência, abrangiam variações sobre temas teológicos e da aliança cultuados na Lei. De fato, não há uma única doutrina profética que já não tenha sido apresentada, ao menos na forma embrionária, na Tora; deste modo, os profetas podem ser considerados comentadores além de pioneiros doutrinários" (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.218).

VOCABULÁRIO
Carismática: Relativo a quem tem carisma. Força divina conferida a uma pessoa.
Recôndito: Oculto, escondido.
Eclesiástica: Pertencente ou relativo à Igreja; eclesial.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1. ed. Rio de Janeiro: 2008.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.37.

EXERCÍCIOS
1. Qual o significado do nome Elias?
R. Javé é Deus.
2. Que fatos autenticam o ministério profético de Elias?
R. A inspiração e autoridade espiritual.
3. Descreva a atuação de Elias durante a monarquia na qual viveu.
R. Elias combateu a injustiça e buscou a restauração do culto.
4. Que fatos podem ser destacados sobre o ministério de Elias no Antigo Testamento?
R. Elias possuía um ministério de cunho social, profético e escatológico.

5.. Cite pelo menos três referências bíblicas sobre Elias em o Novo Testamento
R. Mateus 16.14; Marcos 6.15 e Lucas 1.17.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Entrevista com Benedita Gomes


Entrevista com Benedita Gomes


POR EUGÊNIA SANTOS

Entrevista com Benedita Gomes


A irmã Benedita Gomes da Silva, 76 anos (faz 77 em 6 de maio), é uma senhora muito simples e realizada por tudo o que Deus já fez em sua vida. Mãe de cinco filhos – Joaquim Barbosa, Cacildo, Efigenia, Reni e Elda –, ela criou, na verdade, dezessete. O marido, que não era crente, a abandonou quando os filhos eram pequenos, em Brasília, e ela criou-os sozinha. Benedita converteu-se com oito anos de casada, aos 25 anos, quando morava no interior de Minas Gerais, em Paracatu. Ao todo, são quase 52 anos de vida com Jesus. Ela mora em Brasília há 40 anos e é membro em uma das congregações da Assembléia de Deus em Brasília, ministério liderado pelo pastor Orcival Pereira Xavier, seu conterrâneo, também nascido em Paracatu. Seu líder local é o pastor Otaviano Miguel da Silva.

Irmão Benedita ficou famosa em todo o Brasil no final de 2012 devido ao trabalho de seu filho, o ministro Joaquim Barbosa, o primogênito, que se destacou nacionalmente pelo seu trabalho no julgamento do “mensalão” e, mais recentemente, assumiu a Presidência do STF. Na cerimônia de posse, ele homenageou a mãe.

Nesta entrevista, irmã Benedita conta suas experiências com Deus e fala um pouco sobre o filho ilustre e como criou os seus filhos nos caminhos do Senhor. 

Como iniciou sua vida? 

Eu nasci no ribeirão, na roça, em Paracatu, interior de Minas Gerais. Sou mãe de cinco filhos, mas criei, ao todo, dezessete. Quando eu tinha 13 anos, fui trabalhar na casa de uma mulher e criei, só da primeira filha dela, quatro crianças. Quando casei, aos 17 anos, criei três filhos do meu marido. O mais velho deles tinha 5 anos. Depois tive os meus cinco filhos. E quando vieram os netos, criei cinco deles.

Quando se converteu?

A data exata eu não lembro, mas irei completar 52 anos de convertida. Eu tinha 25 anos, era muito católica e não perdia missa, novena, nada! Foi pela misericórdia que Jesus me salvou. Eu não gostava de crente. Uma mulher que morava perto de mim aceitou Jesus e logo depois Deus enviou-a à minha casa. Ela me convidava e eu dizia que não tinha tempo. Até que um dia ela se dispôs a me ajudar nos trabalhos domésticos para que eu tivesse tempo de ir com ela à igreja. Eu não tive mais desculpa. Fui ao culto, achei uma bênção. Mas só me converti alguns meses depois.Em pouco tempo, fui batizada nas águas e no Espírito Santo. Depois de convertida, passei a trabalhar para o Senhor. Quando os obreiros viajavam para outras cidades, eu tomava a frente das atividades na igreja. Eu não sabia pregar. Lia a Bíblia, mas não falava muito. Então, com a igreja cheia, eu colocava os irmãos para orar. Orava e Jesus batizava com o Espírito Santo! Era aquela bênção! Quando não estava à frente dos cultos, tomava conta das crianças. Em Brasília, atuei em Círculos de Oração e em visitas aos lares.
A senhora imaginava que um dia um de seus filhos, o Joaquim Barbosa, seria essa figura tão importante na sociedade? 


Tudo o que está acontecendo hoje com ele o Senhor já tinha me avisado. Até de eu morar aqui o Senhor me avisou. Tudo! Quando as coisas começaram a acontecer, eu me lembrei das palavras do Senhor quando eu estava no Gama. O Senhor revelava, mostrava! Então, tudo eu esperava no Senhor. 

Como a senhora se sentiu ao ver seu filho mais velho tomar posse como presidente do STF?
 

Não foi uma surpresa, porque o Senhor já tinha me avisado muita coisa. As pessoas perguntam: “Você está orgulhosa?”. Eu digo: “A honra é de Deus, não é minha!”. Meu filho é muito estudioso. Com seis anos coloquei-o na escola e ele aprendeu a ler e a escrever. Ele não parou de estudar. Com 15 anos, saiu de Paracatu e veio para Brasília. Depois é que eu vim com meu esposo. Ele já tinha 18 anos quando eu cheguei aqui. Ele me dizia: “Mamãe, ore para que eu consiga outro emprego para ajudar a senhora com os meninos”. Na época, eu tinha menino de dois anos de idade e estava sozinha aqui, cuidando deles. Foi quando Deus abriu uma outra porta de emprego para meu filho. Ali, ele sofreu perseguição e me pediu oração novamente. Eu orei por ele e um dia ele me disse: “Mamãe, sabe aquela pessoa que não gostava de mim? Ela agora me disse que sou o melhor funcionário!”. Isso tudo foi Deus. 

A senhora afirmou, segundo um jornal, que até hoje o ministro lê a Bíblia. Como foi essa educação cristã em casa? 

Sim, ele lê diariamente a Bíblia. Ele tem várias Bíblias! Toda a vida eu criei meus filhos na Escola Dominical! Eu ia para a igreja e levava todos. Todos os meus filhos confiam muito em mim. Sou o sustentáculo deles! Meus filhos passaram por momentos de cura, milagres, que eu creio foram respostas às minhas orações. O Joaquim me acompanhava nos cultos. Ele tinha seis anos quando eu me converti. Em lugares de roça, ruas compridas, escuras, ele me acompanhava. Uma vez, meu marido, para impedir minha ida à igreja, não deixou meu filho ir comigo. Eu sofri muito com esse homem. Chorei muito nesse dia. Passei o resto da noite cantando louvores a Deus. Eu pedi ao Senhor para secar minhas lágrimas. Desse dia em diante, não chorei mais. O Senhor me confortou! 

Quantos filhos são crentes?

Há três que ainda não frequentam a igreja regularmente, mas todos eles têm temor a Deus e participam das consagrações que realizamos em família. Estou esperando no Senhor, porque a obra não é minha, é dEle. 

Como lida com esse momento em que as pessoas tanto a procuram? Tem aproveitado para falar de Jesus?

Numa de minhas visitas ao médico, tive oportunidade de pregar o Evangelho para uma pessoa afastada dos caminhos do Senhor e ela foi para a igreja depois disso. Eu testifico aonde eu vou! 

Qual foi sua experiência mais marcante com Deus?

Foram várias. Uma das mais interessantes foi uma viagem missionária que fiz a Cocos, um município da Bahia. Ali, eu e mais três irmãs nos aventuramos por aquela região humilde para levar o Evangelho. Nossos primeiros dias foram marcados por milagres. Por nosso intermédio, Jesus curou uma mulher de eclampse e um rapaz cuja perna e pé estavam totalmente inchados, além de uma mulher com febre de 40 graus e a febre foi embora de imediato ao receber a oração. Isso atraiu as pessoas, que nos ouviram no culto à noite, e muitas se converteram.

A senhora se sente uma mulher realizada?

Hoje, quando as pessoas perguntam como estou, digo que estou com a vida que pedi a Deus! Eu não troco Jesus por nada. Tenho tudo! Tudo Jesus me deu! Eu costumo dizer que quero ir para o Céu, mas não agora... Porque quero fazer mais! (risos)


Fonte: Mensageiro da Paz - Número 1532 - janeiro de 2013, CPAD

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ÍNDIA CHORA, E BRASIL FESTEJA

ÍNDIA CHORA, E BRASIL FESTEJA
Ciro Sanches Zibordi

 

Amados, já desejei feliz Ano Novo a todos, celebrei a chegada de 2013 com a minha família, glorificando a Deus por todas as bênçãos que Ele nos concedeu em 2012, etc. Mas agora quero fazer a minha primeira crítica do ano.
Estou comovido com o que está acontecendo na Índia. Ali, as festas de réveillon foram canceladas por causa do estupro, seguido de assassinato, de uma estudante de medicina. Esse crime provocou uma enorme onda de protestos pelo país, a ponto de gerar comoção e debates em nível nacional.

Quantos crimes similares ou até mais bárbaros que o mencionado ocorrem mensal, semanal ou diariamente no Brasil? Quantas famílias têm perdido seus entes queridos nesse período de festas? Veja o caso da menina que foi baleada no Rio de Janeiro, e não havia médicos para atendê-la. Há algum debate sobre o assunto? Atitudes foram tomadas? Existe uma comoção geral, como a que ora ocorre na Índia? Não. A ordem é festejar, haja o que houver...

O Brasil precisa acordar! Até quando a cracolândia de São Paulo vai existir? Para quem não sabe, além de o governo brasileiro não conseguir pôr termo àquela vergonha, em 2012 foi inaugurada outra cracolândia no Rio de Janeiro, em plena Avenida Brasil! Quem passa ali de carro leva um susto. A impressão que se tem é que há dezenas de zumbis amontoados uns sobre os outros.

Até quando? Muitos se orgulham de o Brasil ter um grande número de evangélicos... Mas que impacto esse crescimento meramente numérico tem causado na sociedade brasileira? A violência, o tráfico de drogas e a imoralidade só aumentam, enquanto as pessoas festejam. Festejam o quê? Onde estão os verdadeiros evangélicos? Afinal, de crente nominal o nosso país está cheio. Agora, de gente séria, honesta, que dá exemplo, que influencia e não é influenciada, temos grande carência!

Acorda, governo brasileiro! Acorda, povo de Deus! Acordem, meus amigos do Facebook! Acorda, Ciro Sanches Zibordi! Façamos mais do que temos feito! Um novo ano está começando, e temos mais uma oportunidade de fazer um Brasil melhor.

Amém?


Ciro Sanches Zibordi