domingo, 30 de dezembro de 2012

Lição 1 - A Apostasia no Reino de Israel




Lição 1
6 de Janeiro de 2013

A Apostasia no Reino de Israel

TEXTO ÁUREO
"E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele"  (1 Rs 16.31).

VERDADE PRÁTICA
A apostasia na história do povo de Deus é um perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.

HINOS SUGERIDOS 75, 212, 305

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 6.4,5,6 A apostasia como um perigo real
Terça - 1 Tm 4.1 A apostasia possui seus agentes
Quarta - 2 Ts 2.3,12 A apostasia está sujeita ao juízo divino
Quinta - Hb 3.12 A apostasia afasta o homem de Deus
Sexta - At 1.25 A apostasia exemplificada
Sábado - Hb 6.11,12 A apostasia pode ser evitada

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 16.29-34

29 
E Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo-oitavo de Asa, rei de 

Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel em Samaria, vinte e dois anos.
30 
E fez Acabe, filho de Onri, o que era mal aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que 

foram antes dele.
31 
E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), 

ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se 
encurvou diante dele.
32 
E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.

33 
Também Acabe fez um bosque, de maneira que Acabe fez muito mais para irritar ao SENHOR, 

Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
34 
Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; morrendo Abirão, seu primogênito, a fundou; e, 

morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do SENHOR, que falara 
pelo ministério de Josué, filho de Num.


INTERAÇÃO
Caro professor, o pastor José Gonçalves - professor de Teologia, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB - é o comentarista das Lições Bíblicas deste trimestre. O tema que será abordado é "Elias e Eliseu: um ministério de poder para toda a Igreja". Estudaremos a vida desses profetas e veremos que ela é um divisor de águas no ministério e na historiografia judaica. Elias e Eliseu deixaram um legado de poder, ousadia, santidade e abnegação à sua posteridade. A partir de seus ministérios, podemos ver florescer Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outros santos homens que honraram o caminho daqueles autênticos profetas do Senhor.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Identificar as causas e os agentes da apostasia em Israel.
* Conscientizar-se  sobre os perigos da apostasia.
* Compreender quais foram as consequências da apostasia para Israel.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a primeira aula deste trimestre sugerimos que você reproduza o esquema abaixo.  Utilize-o para apresentar aos alunos um panorama geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie a aula traçando as principais características desses profetas bíblicos. Diga à classe, que mesmo diante de uma sociedade apóstata, Elias e Eliseu obedeceram ao Senhor. Eles porfiaram por realizar a vontade de Deus contra quaisquer prejuízos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Podemos afirmar, com segurança, que um dos períodos mais sombrios na história do reino do Norte, também denominado "Israel", ocorreu durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os anos 874 e 853 a.C., e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração israelita. Uma primeira leitura dos capítulos 16.29 - 22.40 do livro de 1 Reis, revela que essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como consequência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a Deus.

I. AS CAUSAS DA APOSTASIA
1. Casamento misto. O texto bíblico põe o casamento misto de Acabe com Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios, como uma das causas da apostasia no reino do Norte. O relato bíblico destaca que Acabe "tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou" (1 Rs 16.31). Foi em decorrência desse casamento pagão que a idolatria entrou com força em Israel. Embora se fale de um casamento político, as consequências dele foram na verdade espirituais. A mistura sempre foi um perigo constante na história do povo de Deus. Os crentes devem tomar todo o cuidado para evitar as uniões mistas. A Escritura, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, condena esse tipo de união (Dt 7.3; 2 Co 6.14,15).
2. Institucionalização da idolatria. A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe "levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria" (1 Rs 16.32). A institucionalização da idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado destaca que também Acabe "fez um poste-ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele" (1 Rs 16.33). Não há dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus. Havia uma idolatria financiada pelo Estado.Vez por outra temos visto Satanás tentando se valer do poder estatal para financiar práticas que são contrárias aos princípios cristãos.  Por isso devemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e não de maldição.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Tanto no Antigo como em o Novo Testamento as Escrituras condenam o casamento misto.

II. OS AGENTES DA APOSTASIA
1. A perda da identidade nacional e espiritual. As palavras de Elias: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos?" (1 Rs 18.21), revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baal havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor?  Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O julgamento divino. É nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 18.1). A fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação.  Julgamento semelhante ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.12-15). O Senhor mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1 Co 11.31,32).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) As consequências da apostasia à nação de Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA APOSTASIA
1. A perda da identidade nacional e espiritual. As palavras de Elias: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos?" (1 Rs 18.21), revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baal havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor?  Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O julgamento divino. É nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 18.1). A fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação.  Julgamento semelhante ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.12-15). O Senhor mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1 Co 11.31,32).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) As consequências da apostasia à nação de Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.

IV. APOSTASIA
1. Um perigo real. A apostasia era algo bem real no reino do Norte. Estava espalhada por toda parte. Na verdade a palavra apostasia significa, segundo os léxicos, abandonar a fé ou mudar de religião. Foi exatamente isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonando a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.
Em o Novo Testamento observamos que os cristãos são advertidos sobre o perigo da apostasia! Na Epístola aos Hebreus o autor coloca a apostasia como um perigo real e não apenas como uma mera suposição (Hb 6.1-6). Se o cristão não mantiver a vigilância é possível sim que ele venha a naufragar na fé.
2. Um mal evitável. Já observamos que Acabe foi um rei mau (1 Rs 16.30). Em vez de seguir os bons exemplos, como os de Davi, esse monarca do reino do Norte preferiu seguir os maus exemplos. O cronista destaca que "ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava" (1 Rs 21.25). Ainda de acordo com esse mesmo capítulo, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece que foi um arrependimento tardio (1 Rs 21.17-29). Tivesse ele tomado essa atitude antes, o seu reinado
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A apostasia é um perigo real, mas também é um mal evitável através da vigilância do crente.

CONCLUSÃO
Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino destroçado, mas também para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido entre dois pensamentos em relação ao verdadeiro culto.
As lições deixadas são bastante claras para nós: não podemos fazer aliança com o paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais; a verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer oferta que nos seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no presente. Todavia nada significam quando mensuradas pela régua da eternidade.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Lexográfico
"Apostasia
[Do gr. apostásis, afastamento] Abandono premeditado e consciente da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia constituí-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das relações matrimoniais.
No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram desconhecidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.
Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A primeira é o abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial dessa mesma fé" (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. 13. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.56,57).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Biográfico
"ELIAS
Elias foi chamado para servir como porta-voz de Deus na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em Jerusalém. [...]
Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse "ribeiro" (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de Deus foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi restaurado à vida" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.628-29).
"ELISEU
[...] Seu ministério profético cobriu toda a última metade do século IX a.C., atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Joás, do reino do Norte. Sua influência estendia-se desde uma viúva endividada (2 Rs 4.1) até um homem rico e proeminente (4.8) e mesmo até dentro do próprio palácio de Israel (5.8; 6.9; 12, 21, 22; 6.32-7.2; 8.4; 13.14-19). Além disso, outros reis (Josafá de Judá, 2 Reis 3.11-19, Bem-Hadade da Síria, 8.7-9) e altos funcionários do exército sírio 5.1,9-19 procuravam sua ajuda. Diferentemente de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar dos olhos do público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava da vida social. Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente pelo país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para visitar seus amigos em Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas vezes com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazael, pois conhecia muito bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.11,12). [...] É evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são capazes de reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso Senhor" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.633).

VOCABULÁRIO
Abjuração: Renúncia solene a fé; a doutrina; a opinião.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.HARRISON, R. K.
Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.MERRIL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD nº 53, p.36.

EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais foram as causas da apostasia?
R.  O casamento misto e a institucionalização da idolatria.
2. De que forma Acabe e Jezabel se tornaram agentes da apostasia em Israel?
R. Promovendo a adoração ao falso deus Baal e procurando suplantar o verdadeiro culto a Deus.
3.A apostasia trouxe como consequência a perda da identidade nacional e o julgamento divino. De que forma Deus usou Elias para atuar nesse processo?
R. Deus usou o profeta para predizer um período de grande fome e dessa forma fazer o povo refletir sobre o seu pecado.
4. Sobre o rei Acabe, o que o cronista destaca?
R. Que "ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava" (1 Rs 21.25).
5. Faça um breve comentário sobre os perigos da apostasia.
R. Resposta pessoal.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Lição 13 - Malaquias — A Sacralidade da Família



Lição 13
30 de Dezembro de 2012

Malaquias — A Sacralidade da Família

TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne"
(Gn 2.24).

VERDADE PRÁTICA
É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.

HINOS SUGERIDOS 581, 596, 597

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 128.3,4 O modelo da família
Terça - Ef 5.22-24 Submissão na família
Quarta - Ef 5.25-28 Amor sacrifical na família
Quinta - Ef 6.1-3 Obediência na família
Sexta - Sl 133.1 A comunhão no âmbito familiar
Sábado - Tt 2.2-6 A família que agrada a Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Malaquias 1.1; 2.10-16

1 Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de Malaquias.
10 Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando o concerto de nossos pais?
11 Judá foi desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou a santidade do SENHOR, a qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho.
12 O SENHOR extirpará das tendas de Jacó o homem que fizer isso, o que vela, e o que responde, e o que oferece dons ao SENHOR dos Exércitos.
13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
14 E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.
15 E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.
16 Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais.


INTERAÇÃO
Comumente isolamos um assunto de determinado contexto literário ignorando o tema central daquela obra. O livro de Malaquias é o exemplo perfeito disso. Quando falamos nele, pensamos logo em "dízimo". É como se "Malaquias" e "dízimo" fossem termos amalgamados. No entanto, veremos que o assunto predominante do profeta Malaquias não é o dízimo (este apenas é tratado num contexto de corrupção sacerdotal e da nação), mas contrariamente, é o relacionamento familiar e civil entre o povo judeu que constituem o seu tema principal.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias.
* Reconhecer quais são as implicações de um péssimo relacionamento familiar.
* Conscientizar-se que é vontade de Deus vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, chegamos a última lição desse trimestre. Estudamos os doze livros dos Profetas Menores. Sugerimos que você inicie a aula dessa semana fazendo uma recapitulação dos profetas estudados anteriormente. Pergunte aos alunos qual o profeta que eles mais gostaram e o porquê.  Você também pode relembrar o período histórico dos profetas e o propósito dos livros. Para auxiliar na recapitulação, utilize o esquema da Orientação Didática da Lição 1. E para introduzir a lição de hoje, use o esquema abaixo, mostrando aos alunos um panorama geral do livro de Malaquias.

ESBOÇO DO LIVRO DE MALAQUIAS
Introdução (1.1)
Parte I: A Mensagem do Senhor (1.2 - 3.18)
Primeiro oráculo: o amor de Deus por Israel (1.2-5)
Segundo oráculo: pecados dos sacerdotes (1.6 - 2.9)
Terceiro oráculo: pecados da comunidade (2.10-16)
Quarto oráculo: a justiça divina (2.17 - 3.5)
Quinto oráculo: ofensas rituais (3.6-12)
Sexto oráculo: os servos de Deus (3.13-18)
Parte II: O Dia do Senhor (4.1-6)
Para o arrogante e malfeitor (v.1)
Um dia de triunfo para os justos (v.2,3)
Restauração dos relacionamentos entre pais e filhos e entre o Povo de Deus (v.4-6)

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
No presente estudo, veremos que a mensagem de Malaquias enfoca a sacralidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família. Durante o exílio na Babilônia, a idolatria de Judá fora definitivamente erradicada. A questão agora era outra: o relacionamento do povo com Deus e com a família. E tais relacionamentos precisavam ser encarados com mais piedade e temor.

I. O LIVRO DE MALAQUIAS
1. Contexto histórico. O livro não menciona diretamente o reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de Obadias e Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem identificar o contexto político, religioso e social do livro em apreço.
a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por "príncipe" na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou "governador", na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias (Ne 5.14). O seu equivalente na língua persa é tirshata ("tirsata, governador", cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1.7-10).
b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) e equivale a 445-433 a.C.
2. Vida pessoal de Malaquias. A expressão "pelo ministério de Malaquias" (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal. A forma hebraica do seu nome é mal'achi, que significa "meu mensageiro". A Septuaginta traduz por angelo sou ("seu mensageiro, seu anjo"). O termo é ambíguo, pois pode referir-se a um nome próprio ou a um título (3.1). No entanto, entendemos que Malaquias é o nome do profeta, uma vez que nenhum livro dos doze profetas menores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente?
3. Estrutura e mensagem. A profecia começa com a palavra hebraica massá - "peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia" (1.1; Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). O discurso é um sermão contínuo com perguntas retóricas que formam uma só unidade literária. São três os seus capítulos na Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para o final do capítulo três. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com os fariseus e escribas na época do ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema do livro de Malaquias é a denúncia contra a formalidade religiosa, a prática da corrupção generalizada entre os fariseus e escribas e o despertamento da nação de Judá.

II. O JUGO DESIGUAL
1. A paternidade de Deus (2.10). A ideia de que Deus é o Pai de todos os seres humanos é biblicamente válida. O Antigo Testamento expressa que essa paternidade refere-se a Israel (Êx 4.22,23; Jr 31.9; Os 11.1). A criação divina dá base para isso, embora não garanta uma relação pessoal com Ele (At 17.28,29). Jesus, porém, fez-nos filhos de Deus por adoção. Por isso, temos liberdade e direito de chamar ao Senhor de Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; Gl 4.6).
2. A deslealdade. O termo "desleal" aparece cinco vezes nessa seção (2.10,11,14-16). Trata-se do verbo hebraico bagad, que significa "agir traiçoeiramente, agir com infidelidade". Não profanar o concerto dos pais - estabelecido no Sinai (2.10) que proíbe a união matrimonial com cônjuges estrangeiros (Dt 7.1-4) - é uma instrução ratificada em o Novo Testamento (2 Co 6.14-16,18). O profeta retoma essa questão em seguida.
3. O casamento misto (2.11). É a união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação e profanação. Os envolvidos são ameaçados de extermínio juntamente com toda a sua família (2.12).
a) Abominação. O termo hebraico para "abominação" é toevah e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25; 12.31; Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar (2.11).
b) Profanação. Profano é aquele que trata o sagrado como se fosse comum (Lv 10.10; Hb 12.16). A "santidade do SENHOR", que Judá profanou (2.11), diz respeito ao Segundo Templo, pois em seguida o oráculo explica: "a qual ele ama". A violação do altar já fora denunciada antes (1.7-10). Mas aqui Malaquias considera o casamento misto como transgressão da Lei de Moisés: "Judá [...] se casou com a filha de deus estranho" (2.11b). A expressão indica mulher pagã e idólatra. E mais adiante inclui também o divórcio (2.13-16).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O jugo desigual ou casamento misto, é a união matrimonial de um homem ou uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação ou profanação.

III.  DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
1. O relacionamento conjugal (2.11-13). Malaquias é o único livro da Bíblia que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na sociedade. As lágrimas, os choros e os gemidos descritos aqui são das esposas judias repudiadas. Elas eram santas e piedosas, mas foram injustiçadas ao serem substituídas por mulheres idólatras e profanas. As israelitas não tinham a quem recorrer. Nada podiam fazer senão derramar a alma diante de Deus. Por essa razão, o Eterno não mais aceitou as ofertas de Judá (2.13). Isso vale para os nossos dias. Deus não ouve a oração daqueles que tratam injustamente o seu cônjuge (1 Pe 3.7). O marido deve amar a sua esposa como Cristo ama a Igreja (Ef 5.25-29).
2. O compromisso do casamento. Os votos solenes de fidelidade mútua entre os noivos numa cerimônia de casamento não são um acordo transitório com data de validade, mas "um contrato jurídico de união espiritual" (Myer Pearlman). O próprio Deus coloca-se como testemunha desse contrato. Por isso, a ruptura de um casamento é deslealdade e traição (2.14). A reação divina contra tal perfídia é contundente.
3. A vontade de Deus. A construção gramatical hebraica do versículo 15 é difícil. Mas muitos entendem o seu significado como defesa da monogamia. Deus criou apenas uma só mulher para Adão, tendo em vista a formação de uma descendência piedosa (2.15). A poligamia e o divórcio são obstáculos aos propósitos divinos. É uma desgraça para a família! Por isso, o Altíssimo aborrece e odeia o divórcio (2.16). Ele ordena que "ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade" (2.15).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A poligamia e o divórcio são obstáculos aos propósitos divinos. 

CONCLUSÃO
A sacralidade do relacionamento familiar deve ser levada em consideração por todos os cristãos. Todos devem levar isso a sério, pois o casamento é de origem divina e indissolúvel, devendo, portanto, ser honrado e venerado.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"Malaquias, o profeta
[...] Deus sempre amou seu povo, dizia Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e na verdade retribuía-o com desonra e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois enquanto se empenhavam em importar o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.10). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiânico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade" (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.548-49).

VOCABULÁRIO
Lassidão: Prostação de forças, cansaço.
Purgar: Tornar puro, purificar.
Perfídia: Deslealdade, traição.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.42.

EXERCÍCIOS
1.  Por que entendemos que Malaquias é o nome do profeta?
R. Porque nenhum livro dos doze profetas menores é anônimo.
2.  Qual o assunto do livro de Malaquias?
R.  O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade religiosa: prática generalizada com os fariseus e escribas na época do ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7).
3.  Quais pecados são colocados no mesmo patamar do casamento misto e do divórcio?
R.  A idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc.
4. Por que todos nós devemos levar a sério o casamento?
R. Porque o casamento é de origem divina e indissolúvel.
5. Por que Deus aborrece o divórcio?
R. Porque é uma desgraça para a família.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Reações humanas ao nascimento de Jesus



O verdadeiro significado do natal é o Senhor Jesus
Quem vê o natal como uma mera festa social está ignorando e distorcendo sua mensagem original registrada nas Sagradas Escrituras.

Em uma análise do texto em Mateus 2:1-12, na narrativa do nascimento de Jeus Cristo, vemos escondido entre o registro, três reações diferentes ao nascimento do Salvador.

1-A reação dos magos: Reação da fé
A tradição diz que eram Gaspar, Melquior e Baltasar, sozinhos partiram a Jerusalém. Não sabiam,  como os pastores que foram informados pelo anjo Lucas 2:8-12, que a criança era humilde. Chegando em Jerusalém não encontraram nenhuma guarda real protegendo o recém-nascido Rei. Nenhuma grande autoridade terrena estava presente. Jesus estava deitado numa manjedoura. O Reis dos reis fora colocado em um cocho para animais, Mas, apesar de tudo isso quando viram o menino “prostrando-se o adoraram” Mateus  2:11. Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da divindade. Deram-lhe o coração como a seu Salvador apresentando então as suas dádivas v11.
a)      Ouro: Símbolo da realeza, era presente para um Rei ( além se servir de sustento para e durante a fuga para o Egito).
b)      Incenso: Símbolo da fé, era presente para um Sacerdote (Simboliza a oração que chega a Deus como fumaça).
c)       Mirra: representa a morte como Salvador, era presente para um profeta ( era usada para embalsamar os corpos).
O que levou os magos do oriente a virem a Israel buscando um encontro pessoal com o Rei dos judeus? Não foi, em primeiro lugar, a estrela que o levou a essa decisão, pois ela foi apenas um fato visível posterior. A realidade do nascimento de Jesus foi o motivo de sua viagem. A certeza dos magos de que Jesus realmente havia nascido levou-os a Belém. Certamente o sinal visível da estrela guiando o seu caminho foi para eles uma grande jornada. Esse fato deixa bem claro que qualquer pessoa pode vir a Jesus, porque Ele existe. É muito animador e um testemunho alentador vermos que os magos do Oriente não permitiram que se quer um pensamento de dúvida fizesse vacilar seus corações, roubando-lhe a sua certeza de encontrar o Rei que procuravam.
E quanto a nós? Temos crido realmente que Ele existe? Então, porque vamos tão pouco a Ele? E, porque oram com  tão pouca convicção? Porque duvidamos e voltamos a duvidar? A maneira como os magos vieram até Jesus continua sendo um mistério para nós, mas mesmo assim sabemos que não foi  a estrela que levou a Israel e até Belém. Essa é uma idéia falsa. Eles vieram pela fé. E tá escrito muito claramente na Bíblia: “Porque vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”.
Quem crê é guiado por Deus mesmo que o inimigo interfira. Os magos criam firmemente que Jesus havia  nascido e vieram seguindo ea estrela até chegarem a Jerusalém. Estavam bem próximo do alvo ou do lugar donde o menino havia nascido. Mas nesse momento Heride s mandou os magos a Belém, porém com uma motivação escusa. Seu alvo era matar o recém-nascido assim como haveria de matar os meninos de dois anos para baixo. Mas Deus voltou a enviar a estrela, que guiou os magos exatamente para o lugar para onde Jesus estava. O inimigo pode interpor no caminho dos crentes, mas o Senhor mantém a direção e leva seu povo até o alvo
Apesar dos empecilhos e das adversidades diárias nós continuamos debaixo da direção do Senhor. O Senhor poderia ter conduzido os magos diretamente a Belém, pois eles já se encontravam muito próximos de seu destino. Porque Ele não os fez e permitiu essa interferência? Porque Ele queria que as intenções dos inimigos fossem manifestas! Porque Ele queria motivar nossa fé hoje.Porque Ele deseja nos ensinar a lição de que ainda que haja acidentes no percurso, Ele esta na direção e no controle absoluto de todas  as coisas!
Os cristãos verdadeiros sempre responderão ao Natal com louvor e ação de graça.  Eles cantarão um cântico cheio de significado Salmos 40: 1-3. Quando o Espírito de Deus  controla a mente e o coração, a  alma convertida entoa um novo cântico. Canta um novo cântico porque reconhece que a promessa de Deus se tem cumprido em sua experiência. Reconhece que a sua transgressão foi perdoado e seu pecado coberto.
Jesus é o caminho de nossa fé, o objeto de nossa fé e o alvo de nossa fé. A fé que nos une a Jesus. Aquele que sempre estará onde Ele está.

A reação de Herodes: Reação de perplexidade
Herodes, o grande, era um indumeu, designado pelo senado romano para reinar sobre a Judéia. Ele descendia de Esaú e supõe-se que se converteu ao judaísmo apenas por conveniência. Herodes multiplicou o esplendor de Jerusalém como nenhum outro e era considerado extremamente capaz em seu tempo, apesar disso, esse homem era possuído pelo medo de perder o poder. Ele afligiu-se com a ideia de um rival em potencial para o seu trono. O astuto monarca foi despertado diante da noticia trazida pelos magos de um nascimento de um novo rei, o rei dos judeus. Essa noticia tornou seu coração resistente. O temor espalhou-se “... toda Jerusalém pertubou-se com ele” v3. É fácil entender a razão desta agitação entre o povo. As pessoas que habitavam Jerusalém estavam familiarizadas com as atrocidades que Herodes era capaz de cometer. Temendo um tumulto, ele bem que poderia decretar o massacre de centenas ou milhares de pessoas. O temor experimentados por Herodes finalmente levou a mandar “matar todos os meninos que haviam em Belém... de dois anos para baixo” v16. Esta crueldade foi um dos últimos atos de sua vida. Pouco tempo depois ele foi obrigado a submeter-se a aquela condenação que ninguém pode desviar, Mateus 2:19. Em sua ganância, perdeu o trono e deixou de conhecer o Salvador.

A reação dos escribas: Reação dos indiferentes
Quando Herodes perguntou aos escribas “onde havia de nascer o Cristo” V4. Os líderes religiosos deram-lhe a resposta correta, citaram a profecia V5,6. Apontaram Belém como sendo o local do glorioso nascimento. Porém recusaram-se a buscar”o Cristo” por si mesmos. Nem mesmo iriam a Belém, a ver se estas coisas eram assim. O orgulho e a inveja fecahram seu corações “a luz verdadeira, que alumia a todo homem” João 1:9. Eles consideraram as novas trazidas pelos magos como fanatismo e, portanto indignas de atenção. Seu orgulho e obstinação cresceram em até culminarem em decidido ódio contra o Salvador. Foram estes líderes que prenderam, julgaram e levaram-no até Pilatos, incentivaram a população a gritar “crucifica-o” Marcos 15:11-13.
Muitas pessoas ainda hoje reagem com indiferença a mensagem do Natal. Muitos ainda celebram o Natal sem Cristo. Não procuram ao Salvador. Natal hoje, com muita frequência, é símbolo de papai Noel, compras, presentes, festas e tudo o mais. A indiferença ante ao nascimento de Jesus torna as pessoas meros religiosos, que apesar de saberem o caminho espiritual, não se dispõe a andar por ele. Se contentam com as tradições, com a superficialidade no relacionamento com Deus. Estão tão perto do Salvador, mas passarão a eternidade longe Dele. Com Jesus não importa não é saber muito, o que importa é largar tudo e ir até Ele.
Leia a Bíblia

Sergio Pereira
Pastor da Assmbleia de Deus em Florianópolis SC. Onde pastoreia o setor 5 Tapera. Filiado a CIADESCP e a CGADB; bacharel em Teologia, especializado em teologia prática; professor, conferencista e escritor.
Esta mensagem esta no Mensageiro da Paz nº 1531 Dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

O MUNDO ACABOU!


O MUNDO ACABOU!

Crônica

O mundo acabou em 21/12/2012 para aqueles que tiveram suas memórias biológicas esterilizadas pela falta de irrigação sanguínea. Quem nada vê, nada fala, nada ouve, nada sente e não apresenta sinais vitais, não interage com o mundo, a não ser para cumprir duas leis, uma natural, outra divinal. Segundo Lavoisier, o grande químico decapitado pela revolução francesa, considerado inútil para a França, no mundo nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. A carcaça dos mortos se decomporá e tornará à terra; os vermes a transformarão em adubo por um processo digestivo e esse adubo fará vicejar a horta, que nos fornecerá legumes e verduras saudáveis e deliciosos. Já no momento da Criação, Deus disse à criatura: - Tu és pó, e ao pó tornarás. 

O mundo acabou para os milhares de mortos em um único dia, vítimas da execução pelo anjo da morte, através de armas brancas, armas de fogo e armas com motor e quatro rodas.

O mundo acabou para aqueles sucumbidos nas filas do socorro impossível, agravadas pelos que surrupiam sistematicamente os já parcos recursos da última esperança, a saúde pública.

O mundo acabou para os doentes terminais desenganados pelas migalhas de uma medicina de primeiro mundo, inacessível às pessoas sem expressão política ou econômica.

O mundo acabou para as vítimas dos erros de profissionais estropiados, mal descansados e semi-escravizados pelo sistema, com a agravante da formação de má qualidade, a que certamente são vítimas, e não, culpados.

O mundo acabou, antes de começar, para os milhões de fetos abortados sob a mais variada justificativa, desde razões sanitárias, até razões de insanidade espiritual de tantas mães inconsequentes.

Do ponto de vista de quem faleceu em 21/12/2012, se é que morto tem um, naquela data o mundo foi oficialmente declarado extinto.

Para os sobreviventes, é hora de repensar. O que será mais importante para a vida de cada um, a partir de agora? É chegada a hora de capitalizar, ou de compartilhar?

Capitalizar, para entrar em sintonia com a Nova Era, é amealhar valores espirituais, é privilegiar o ser mais, antes de se preocupar em ter mais.

Pr. Ozimar Martins(Douradina MS) manhã missionária no B. Dom Antônio Barbosa


Compartilhar sempre esteve em sintonia com o plano de Deus, em todas os tempos. Faz parte da natureza humana, tanto é que bandidos e mocinhos compartilham coisas e ideias com os seus.

É um novo tempo, o compartilhamento deve ser organizado de caráter urgente, fale de JESUS às pessoas, pois Ele é o único que salva e garante saciar a fome alimentar, espiritual e de conhecimentos, de todas as pessoas, até no último dos rincões. Essa será a melhor forma de garantir um lugar melhor no Além, quando para cada um de nós o mundo acabar.

Jesus, o único que nunca deixará que o mundo acabe pra você, pois há para ti uma morada eterna nas mansões celestiais. Aceite-o agora e garanta o seu futuro sem se preocupar com o fim do mundo. 

Jesus te ama. Com Ele a vida é eterna.
Leia a Bíblia.

Pb. Eliezer de Souza Moura
                                                                                                                                                                                                                                      





domingo, 16 de dezembro de 2012

Lição 12 - Zacarias — O Reinado Messiânico


Lição 12
23 de Dezembro de 2012

Zacarias — O Reinado Messiânico

TEXTO ÁUREO
"Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra" (Jr 23.5).

VERDADE PRÁTICA
Jesus é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.

HINOS SUGERIDOS 84, 258, 406

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 2.2-4 A guerra não mais existirá
Terça - Is 11.6-9 A plenitude da paz universal
Quarta - Jr 23.5,6 Haverá completa segurança na terra
Quinta - Zc 14.11 Jerusalém habitará segura
Sexta - At 3.20,21 A restauração de todas as coisas
Sábado - 2 Pe 3.13 Esperamos novos céus e nova terra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Zacarias 1.1; 8.1-3,20-23

1:1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho 
de Berequias, filho de Ido, dizendo:
8:1 Depois, veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo:
2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e com grande indignação 
zelei por ela.
3 Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém 
chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade.
20 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas  cidades;
21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do 
SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu também irei.
22 Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos 
e suplicar a bênção do SENHOR.
23 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas 
as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, 
porque temos ouvido que Deus está convosco.


INTERAÇÃO
Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu. Ele teve uma série de visões durante os dois primeiros anos das obras de reconstrução do Templo. Essas visões objetivavam incitar no povo ânimo para o exercício do trabalho intenso na restauração do Templo. Os judeus estavam livres do exílio, mas o Templo não estava acabado. A reconstrução do Templo traria uma nova esperança para os judeus, pois a nação, no futuro, também seria restaurada espiritualmente. A primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo são, focalizadas pelas profecias de Zacarias, como cumprimento da esperança judaica.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias.
* Explicar a promessa de restauração da nação.
* Saber que o reino messiânico é real.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para que os alunos compreendam com mais facilidade o conteúdo da lição, utilize o esquema abaixo. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Explique aos alunos que podemos destacar ao longo da profecia de Zacarias dois propósitos principais: Os capítulos 1 - 8 foram escritos para encorajar o remanescente judeu na construção do Templo, em Judá. Enquanto que nos capítulos 9 - 14 o profeta trata de Israel e do Messias. O tema do livro é o Messias de Israel, todavia, Jerusalém também ocupa um espaço especial.

ESBOÇO DO LIVRO DE ZACARIAS
PRIMEIRA PARTE
Palavras proféticas e a reedificação do Templo  (1.1 — 8.23)
• Introdução (1.1-6).
• Série de oito visões: [a] dos cavaleiros entre as murtas; [b] dos quatro chifres e quatros ferreiros; [c] dum homem medindo Jerusalém; [d] da purificação de Josué, o sumo sacerdote; [e] do castiçal de ouro e duas oliveiras; [f] do rolo voante; [g] da mulher num efa; [h] dos quatros carros (1.7 — 6.8).
• A coroação de Josué como sumo sacerdote e o seu significado profético (6.9-15).
• Duas mensagens: O jejum e a justiça social; a restauração de Sião. (7.1— 8.23).

SEGUNDA PARTE
A palavra profética a respeito de Israel e do Messias (9.1 — 14.21) (9.1 — 14.21)
• Primeira profecia do Senhor: a intervenção triunfal do Senhor; a salvação messiânica; a rejeição do Messias (9.1 — 11.17).
• Segunda profecia do Senhor: luto e conversão de Israel; a entronização do Rei Messias (12.1 — 14.21).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nessa lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o epílogo da história. O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico

I. O LIVRO DE ZACARIAS
1. Contexto histórico (1.1). Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C. Conforme estudado anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em último plano. Por isso, tal como a história dos antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).
2. Vida pessoal. Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3). Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que "Baraquias", seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de "filho de Ido" (Ed 5.1). O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após o seu chamado (7.1).
3. Estrutura e mensagem. Os oráculos de Zacarias são apocalípticos. Eles foram entregues por visão (capítulos 1-6) e palavra (7-14). O assunto do livro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10; Ap 1.7). A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9-14.
4. Unidade literária. A respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três grupos principais: os que defendem a unidade literária; os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período pré-exílio babilônico; e os que apontam para o período pós-exílio (os liberais). Esta última ideia é descartada pelos críticos conservadores.
A diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13 - onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf.Mt 27.9) - há pelos menos duas explicações:
a) Combinação profética. Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas às profecias diretas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15). Nesse caso, a citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária.
b) Coletânea de profecias. A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Os oráculos do livro de Zacarias são apocalípticos. O assunto central é o surgimento do Messias de Israel.

II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO
1. Sião. Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridade divina: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos" (8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos jebuseus,  tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio a ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.
2. O zelo do Senhor (8.2). Jeová declara a si mesmo como Deus "zeloso" (Êx 20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,15).
3. Restauração de Jerusalém. A palavra profética anuncia: "Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém" (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade" (8.3b). Temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A restauração de Jerusalém é uma promessa futura, pois quando ela tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade", a promessa será cumprida.

III.  O REINO MESSIÂNICO 
1. A pergunta pela paz. Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam, declarou: "Já não existe mais lugar seguro no mundo". Diante disso, podemos perguntar: "É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?" A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).
2. A paz universal. As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a Deus pelo anúncio do evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10; Is 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.
3. A orla da veste de um judeu (8.23). A expressão "naquele dia" é escatológica (2.11; Os 2.16; Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo "judeu" no Antigo Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E "agarrar-se à orla de sua veste" indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O Reino Messiânico é o período onde todo o mundo desfrutará da verdadeira paz do Messias de Israel.

CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a confirmar essa realidade.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Sociológico
"Zacarias, que profetizou perto do fim de outono de 520 a.C., também aguardava ansiosamente pela libertação da nação do domínio estrangeiro, e com confiança esperava que um povo renovado fosse governado por um descendente da casa de Davi. Ele deu continuidade ao trabalho de Ageu ao apressar a conclusão do segundo Templo; e em 515 a.C, cerca de setenta anos após a destruição da primeira construção, o seu sucessor foi consagrado. Embora os persas tivessem designado Tatenai como o governador militar de Judá (Ed 6.13), incentivaram o estado a funcionar como uma comunidade religiosa em vez de política, com o sumo-sacerdote Josias em seu comando. Quanto a Zorobabel, não se sabe se morreu ou se foi destituído do cargo pelos persas, como medida preventiva. Em todo caso, a situação política em Judá parece ter sido estabilizada pelo estabelecimento de um sistema teocrático apoiado pelo governo persa" (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.285).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"O futuro programa de Deus para o povo
Zacarias teve uma visão escatológica muito mais detalhada e completa que os outros profetas menores dos séculos VI e V. [...] Embora o tom global permaneça otimista, o profeta previu que a liderança do Senhor seria rejeitada, o que necessitaria julgamento purificador. O Senhor, porém, intervirá a favor do povo em uma batalha culminante. Isto levará ao arrependimento o povo e à concessão das bênçãos divinas.
A restauração de Jerusalém é central aos capítulos 1 a 8. Ao declarar a profunda ligação emocional com a cidade, o Senhor promete restaurar-lhe a prosperidade (Zc 2.10,11; 8.1-5). Tomará residência uma vez mais em Sião (Zc 2.10,11;8.3) e sobrenaturalmente a protegerá  (Zc 2.5). O foco da cidade restaurada será a habitação de Deus, o Templo reconstruído (Zc 1.17). Esses residentes da cidade que ainda estão no exílio voltarão em grandes levas (Zc 2.4,6,7; 8.7,8). Sinais das bênçãos divinas serão visíveis nas ruas da cidade, onde os que chegarem a uma idade madura verão crianças brincando contentemente (Zc 8.4,5). Embora muitos se maravilhem com esta reversão na situação de Sião, o Senhor todo Todo-Poderoso não compartilhará desse assombro, pois nada está acima do seu poder (v.6).
[...] Os capítulos de 1 a 8 de Zacarias também foca a liderança da Jerusalém restaurada. Sacerdotes e rei desempenham papéis proeminentes nestes capítulos. Na quarta visão noturna do profeta (Zc 3.1-10), ele testemunhou a purificação de Josué, o sumo sacerdote na comunidade pós-exílica daquela época. As 'vestes sujas' de Josué, símbolo do pecado, foram trocadas por 'vestes novas' e uma mitra limpa lhe foi colocada na cabeça (Zc 3.3-5). O Senhor encarregou Josué de obedecer aos mandamentos e prometeu recompensar-lhe a obediência, dando-lhe autoridade sobre o serviço do Templo e acesso ao conselho de Deus (vv. 6,7). Claro que a mensagem se aplica à nação inteira, porque Josué, como sumo sacerdote, representava o povo. O fato de ter sido limpo simbolizava o restabelecimento da nação como um todo e, mais particularmente, dos sacerdotes que faziam mediação entre Deus e o povo" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.457-58).

VOCABULÁRIO
Enigmático: Difícil de compreender ou interpretar.
Secularismo: Doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. O secularismo, ou materialismo, tem o homem, e somente o homem, como medida de todas as coisas.
Hipotético: Duvidoso, incerto.
Trucidado: Morto com crueldade.
Reiteração: Repetição.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.42.

EXERCÍCIOS
1. Qual o assunto do livro de Zacarias?
R. O Messias de Israel.
2. Cite três profecias de Zacarias cumpridas em Jesus.
R. Zc 9.9 cf. Mt 21.15; 11.13 cf. Mt 27.9,10; 12.10 cf. Jo 10.37.
3. Como o zelo de Jeová por Sião e Jerusalém é manifestado em Zacarias 8.3?
R.  "Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém" (8.3a).
4. Como se chama o reino de Cristo de mil anos?
R. Reino Messiânico ou Milênio.
5. O que significa pegar na veste de um judeu em Zacarias 8.23?
R. Indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel.